A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vendeu 85% do milho que ofertou nesta segunda-feira (1º) em um leilão de estoques públicos que buscava aliviar as condições de oferta apertada, principalmente para indústrias do Sul do País.
A Conab ofertou 148,03 mil toneladas, encontrando compradores para 125,91 mil toneladas, segundo dados divulgados pela entidade.
A maior parte dos lotes estava localizada em armazéns em Mato Grosso, principal Estado produtor de milho.
As médias ponderadas dos preços efetivados nos dois grandes grupos de lotes ofertados foram de R$ 22,12 e R$ 22,64 por saca de 60 quilos, um preço que não foi considerado muito atrativo pelo mercado.
"O preço foi alto, e a taxa de armazenagem (a ser cobrada posteriormente pelos armazéns) encarece mais ainda", afirmou o corretor Uéliton Costa, da corretora Dinâmica, em Sinop (MT).
Segundo ele, produtores têm pedido cerca de R$ 26 por saca em cargas de milho para pronta entrega no mercado local.
Grandes compradores de milho, como indústrias e produtores de aves e suínos, têm reclamado de escassez do produto em algumas regiões importantes, como Santa Catarina, devido à forte demanda pelo cereal, cujas exportações têm batido recorde.
"Se o objetivo do leilão era frear a subida do custo das indústrias de carne, creio que se esperava preços melhores", disse uma fonte do setor em anonimato.
Veículo: Jornal DCI