O valor da cesta básica de fevereiro apresentou queda de 0,73%, revela pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP, em convênio com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese). O preço médio da cesta, em 30 de janeiro, era de R$ 284,01, e passou para R$ 281,94, em 27 de fevereiro.
Dos 31 produtos pesquisados, 15 diminuíram de preço, 14 apresentaram alta e dois permaneceram estáveis. Em fevereiro, o grupo Alimentação e Limpeza registraram queda de 1,18% e 0,93%, respectivamente. O grupo Higiene Pessoal apresentou alta de 3,66%.
Dentre os produtos que compõem o grupo Alimentação, destacam-se os que registraram as maiores quedas de preço neste mês: feijão carioquinha (-10,14%); farinha de mandioca torrada (-9,22%); cebola (-5,38%); carne de primeira (-4,83%).
A maior variação positiva do grupo Alimentação foi o açúcar, que apresentou alta de 10,18% (maior variação positiva mensal de preço desde novembro de 2007). A variação no ano é de -2,04% (base 26/12/08) e, nos últimos 12 meses, de 8,56% (base 27/02/08).
De acordo com o Dieese, é importante ressaltar que os aumentos ou quedas de preço dos produtos que compõem a cesta básica nem sempre estão atrelados a algum desequilíbrio entre oferta e demanda, motivado por razões internas (quebras de safra, política de preços mínimos aos produtores, conjuntura econômica do País, etc.) ou por razões externas (mudanças no cenário internacional, restrições políticas ou sanitárias às importações brasileiras, etc.).
As alterações de preços, especialmente as de pequena magnitude, podem refletir tão somente procedimentos adotados por determinados supermercados da amostra, seja para estimular a concorrência, para se destacar em algum segmento, ou simplesmente para "desovar" estoques através do rebaixamento temporário dos preços.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ