Para ficar mais acessível ao bolso do consumidor, até o ovo de Páscoa neste ano encolheu. Pressão de custos entre 7% e 15%, atrelados ao dólar, como o preço do cacau e do açúcar, entre outras matérias-primas, fizeram as empresas reduzir o tamanho do ovo.
A Chocolates Munik, por exemplo, diminuiu o tamanho dos ovos de chocolate da linha saúde.
O ovo diet da marca e o de cacau 50%, que na Páscoa do ano passado pesavam 200 gramas, foram reduzidos para 130 gramas, conta a gerente comercial e de marketing da empresa, Leila Detício. Com isso, o desembolso do consumidor diminuiu.
No ano passado, o consumidor gastava R$ 39,80 pelo ovo diet e R$ 34,90 pelo de cacau 50%. Neste ano, os preços são de R$ 26 e R$ 23, respectivamente. Ocorre que, o preço por grama foi mantido de um ano para outro, em R$ 0,19 no caso do ovo diet e em R$ 0,17 no ovo de cacau 50%. “Não estamos repassando 15% de aumento de custo de produção por causa da alta do dólar”, explica a gerente comercial.
Além de reduzir os tamanhos das versões do ano passado, Leila Detício diz que os três lançamentos da linha saúde deste ano também são menores, variam entre 100 gramas e 130 gramas. “Reduzimos o tamanho dos ovos da linha saúde porque o consumidor desse tipo de produto não é de comer muito chocolate”, justifica. Mas também o fato de essa ser uma linha mais cara, feita com chocolate ao leite, também pesou.
No caso do ovo crocante da marca, que é top de linha, o tamanho também encolheu. Ele pesava 470 gramas na Páscoa do ano passado e hoje está sendo fabricado na versão de 410 gramas.
A TopCau é outra fabricante de ovos de Páscoa que trabalha com ovos de menor tamanho, até 250 gramas, porque 60% dos volumes fabricados são de produtos licenciados de personagens infantis, diz a gerente de marketing, Alais Valentini Fonseca. Neste ano, a empresa está produzindo miniovos, de 96 gramas, que representam um desembolso menor para o consumidor. A marca reajustou os ovos em 10%.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG