Intenção de consumo cai 29,9%

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                                         Instabilidade do quadro político e econômico adia planos dos consumidores brasileiros.

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 1,6% em março deste ano, na comparação com fevereiro. Em relação a março de 2015, o recuo foi de 29,9%, aponta a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em pesquisa divulgada ontem. O ICF ficou em 77,5 pontos – em uma escala de 0 a 200, leituras abaixo de 100 são consideradas desfavoráveis.

Segundo a CNC, todos os componentes do índice registraram queda em ambas as comparações, “com destaque para o indicador Nível de Consumo Atual, que atingiu a mínima histórica de 53,3 pontos”. A maior parte das famílias, 59,2%, declarou estar com o nível de consumo menor que o do ano passado.

A entidade lembrou que “a confiança do consumidor está diretamente ligada à estabilidade do quadro político e econômico”. “A contração nas vendas do varejo está em linha com o enfraquecimento da confiança observado na ICF”, disse, em nota, Juliana Serapio, assessora Econômica da CNC.

Na base de comparação mensal, os dados regionais revelaram que a maior retração a intenção de consumo ocorreu na região Sul (-4,2%). Já a região Nordeste foi a que apresentou a avaliação menos desfavorável, com queda de 0,6%.

Outro item que também apresentou o menor nível da série foi o de Compras a Prazo, com 73,2 pontos – uma retração de 2,1% na comparação mensal, e de 35,5% em relação a março de 2015. “O elevado custo do crédito, o alto nível de endividamento e o aumento do desemprego são os principais motivadores da deterioração na intenção de compras a prazo”, explica Juliana Serapio.

Impactado pela alta taxa de juros, o item Momento para Duráveis apresentou queda de 2,2% na comparação mensal. Em relação ao mesmo período de 2015, o componente recuou 46,2%. A maior parte das famílias, 72,1%, considera o momento atual desfavorável para a aquisição de duráveis.

A previsão da CNC é que o volume de vendas do varejo apresente retração de 4,2% em 2016. Desemprego em alta e o crédito mais caro justificam a retração no consumo das famílias brasileiras.

 



Veículo: Site O Tempo


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