Governo quer dividir reforma do ICMS em duas etapas

Leia em 2min

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo de Oliveira, defendeu hoje (19), durante audiência pública no Senado, que a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) seja dividida em duas etapas, deixando para depois a parte mais polêmica, que trata de redução das alíquotas. Com a reforma, o governo pretende amenizar os problemas de arrecadação dos estados, em decorrência da chamada guerra fiscal.

Segundo Oliveira, as propostas que tramitam atualmente exigem compensação pelas perdas que os estados terão na transição. Os estados e a União avaliam que não terão condições de arcar com essas perdas.

“Então, o que estamos começando a discutir é estabelecer o processo de reforma do ICMS em duas etapas, onde começaríamos pela convalidação [reconhecimento] dos benefícios, reduzindo com isso a insegurança jurídica das empresas que têm hoje passivos tributários bilionários, o que inviabiliza novos projetos de investimentos e contribui para a estagnação da atividade. Precisamos retirar esse grande risco jurídico, criando um mecanismo transparente de convalidação”, disse o secretário.

Para que isso ocorra, Oliveira disse que os estados têm que se comprometer a revelar todos os incentivos que possuem, para que sejam aprovados no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) “por meio de uma cláusula de maioria qualificada, sem a necessidade de cláusula de consenso”.

Fundo regional

Após a convalidação, os benefícios dos estados teriam prazo de duração, de acordo com a categoria do incentivo. Durante esse período, as unidades da federação poderiam acessar recursos de um fundo criado com recursos da repatriação, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff.

“Os recursos da repatriação poderiam formar o fundo de desenvolvimento regional. Os estados então continuariam mantendo uma boa capacidade de gestão da política de desenvolvimento regional por meio desse fundo”, explicou o secretário.

Segundo Oliveira, a implementação da reforma do ICMS ocorreria somente em um segundo estágio. “O fundo de compensação não teria recursos suficientes com a repatriação. As propostas atuais preveem que a União complemente esse valor, ou que os próprios estados arquem com essa diferença, que era a proposta original. Só que, no momento atual, nem União nem estados têm condições de arcar com essa perda temporária. Isso portanto deveria ser colocado para um prazo um pouco mais adiante, em um segundo estágio, e não neste exato momento”, disse.

“O que é urgente nesse momento é a redução do custo jurídico envolvido em todos esses benefícios”, acrescentou.

 



Veículo: Site Jornal do Brasil


Veja também

Fechamento de supermercados aos domingos será discutido

Após a polêmica gerada pela aprovação, na última segunda-feira, em primeiro turno, do ...

Veja mais
Preço acirra disputa em produtos de limpeza

A concorrência no segmento de produtos de limpeza está mais acirrada este ano, com a briga por preço...

Veja mais
Confiança do setor de supermercados melhora

A confiança dos empresários do varejo de supermercados mostra sinais de melhora depois de ter atingido rec...

Veja mais
Crianças têm grande influência nas decisões de compra

Hoje, a mobilidade traz a informação para a palma das nossas mãos, e esse acesso está cada d...

Veja mais
Preços da cebola e da cenoura apresentam tendência de queda

                    ...

Veja mais
Modelo de loja eletrônica sem estoque atrai comerciantes por reduzir custos

Muito comum no comércio eletrônico norte-americano, o dropshipping, sistema de gestão da cadeia log&...

Veja mais
O comércio eletrônico como ferramenta para importação

Na contramão da crise, o comércio eletrônico registrou um crescimento de 15,3% em 2015. Isso se refl...

Veja mais
Taxa de desemprego atinge 10,2% no trimestre até fevereiro, revela IBGE

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 10,2% no trimestre encerrado em fevereiro de 2016, de acordo com ...

Veja mais
Confiança do industrial gaúcho volta a cair em abril

                    ...

Veja mais