Índice de confiança do empresário diminui

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Diante de tantos resultados ruins, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG) atingiu, em abril, 34,6 pontos, com recuo de 2,9 pontos em relação a março (37,5 pontos), interrompendo a trajetória positiva iniciada em fevereiro. O resultado do Estado ficou abaixo do nacional, que chegou a 36,2 pontos em abril.

De acordo com a economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Annelise Rodrigues Fonseca, o resultado evidencia a falta de confiança do empresário industrial mineiro na conjuntura atual. Ela destaca que a instabilidade do cenário econômico e político das últimas semanas influenciou negativamente o resultado.

“Para os empresários, as condições de negócios se deterioram ainda mais diante do ambiente instável em que vivemos”, justifica. Além disso, conforme ela, chama atenção a percepção do ambiente de negócios desfavorável mais intenso na economia brasileira e no Estado. “E as expectativas para os próximos seis meses seguem negativas”, avisa.

Conforme o porte das empresas, em Minas Gerais, foi identificado que todas apresentaram desconfiança, sendo as pequenas as mais pessimistas, uma vez que o índice, neste caso, chegou a 31,2 pontos neste mês. Já as médias e as grandes apresentaram 33,1 e 37 pontos, respectivamente.

A pesquisa mostrou ainda que os industriais estão insatisfeitos com as condições atuais dos negócios, uma vez que a taxa foi de 25,1 pontos. A maior insatisfação ficou com as condições de negócios da economia brasileira (16,2 pontos), seguidas das estaduais (16,6 pontos) e das condições na própria empresa (29,7 pontos).

As expectativas para os próximos seis meses também foram pessimistas (39,3 pontos) conforme o Icei-MG, bem como na economia brasileira, na estadual e na própria empresa (29,9, 30,5 e 44,3 pontos, respectivamente).
 
Sondagem – A Sondagem Industrial de Minas Gerais, divulgada também pela Fiemg, mostrou que a atividade continuou em baixa no primeiro trimestre de 2016. Em março houve queda no emprego e as empresas continuaram operando com a utilização da capacidade instalada abaixo do considerado usual. Já a produção mostrou relativa estabilidade, assim como os níveis de estoques. “De qualquer maneira, ainda é muito cedo para avaliar esse comportamento como tendência”, avalia Annelise Fonseca.

Em uma escala de zero a 100, na qual valores inferiores a 50 representam evolução negativa, a produção configurou em 49,3 pontos no terceiro mês de 2016. O nível de capacidade instalada (33,3 pontos) continuou abaixo do usual, enquanto o emprego (44,8 pontos), segue inferior aos 50 pontos desde abril de 2013.

O nível de estoques de produtos finais apresentou relativa estabilidade (49,3 pontos) e, de maneira geral, encerrou o mês conforme planejado pelas empresas, oscilando dentro da margem de erro do indicador, marcando 51,5 pontos.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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