O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas avançou 4,3 pontos em maio de 2016, para 70,9 pontos, o maior nível desde junho de 2015. Com o resultado, o indicador de médias móveis trimestrais avança 0,7 ponto, depois de cair em abril.
"A alta mais expressiva do Índice de Confiança do Comércio em maio capta a redução do pessimismo no setor, mas ainda deve ser interpretada com alguma cautela", diz o superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/Ibre, Aloisio Campelo Jr.
Na visão do analista, o primeiro motivo é o nível da confiança, que continua muito baixa no setor e "o segundo, porque a alta do índice em 2016 tem ocorrido em função de uma leitura gradualmente mais favorável em relação às chances de melhora do ambiente econômico nos meses seguintes do que devido a uma efetiva melhora das vendas ou da lucratividade no presente", completa Campelo Jr.
Em maio, houve evolução favorável do ICOM em 12 dos 13 segmentos pesquisados no âmbito do Varejo Ampliado. No Varejo Restrito, houve alta em todos os nove subsetores. Entre os demais segmentos, a única queda foi no segmento de revendedores de Veículos.
Expectativas
O Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 5,5 pontos em maio, chegando a 80,3 pontos, o maior valor desde maio do ano passado. O quesito que mais contribuiu para a alta do IE-COM foi o que mede o grau de otimismo com a evolução das vendas nos três meses seguintes, que cresceu 5,8 pontos, atingindo 79,9 pontos. Agregando-se as altas de abril e maio, o maior avanço entre os dois componentes do IE-COM ocorreu no indicador de expectativas com a tendência dos negócios nos seis meses seguintes, com alta acumulada de 8,0 pontos contra uma alta de 5,9 pontos do indicador de vendas previstas.
Veículo: Jornal DCI