Cesta básica custa mais de 2 semanas de trabalho de quem ganha mínimo

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Segundo o DIEESE, o valor da cesta básica aumentou em 17 capitais.
O feijão carioca, em destaque, está mais caro em 24 capitais.

 



 O tempo médio de trabalho necessário para o brasileiro que ganha salário mínimo, poder comprar os produtos da cesta básica é de 97 horas. Representa pouco mais de duas semanas de ralação. Com a inflação em alta e o nosso dinheiro valendo cada vez menos, encher a despensa ficou difícil. O Dieese divulgou que, em maio, o custo da cesta básica aumentou em 17 capitais.

Na região Sul, a cesta básica mais cara é encontrada em Porto Alegre: R$ 443,46. Alta de quase 5% desde o começo de 2016. No Sudeste, São Paulo disparou na frente: o valor da cesta ficou em R$ 449,70. Alta de quase 8% desde janeiro. No Rio de Janeiro, ela vale R$ 436,02. Aumento de quase 10%.

No Centro-Oeste, a cesta mais cara está em Cuiabá: R$ 410,09. Cerca de 5% a mais do que no começo do ano. No Nordeste, são os moradores de Teresina que pagam mais caro: R$ 375,64. O preço subiu 9% em relação a janeiro.

E na região Norte, Boa Vista tem a cesta básica mais cara, valendo hoje R$ 396,88. Alta de 9% em relação ao começo do ano. A maior parte dos produtos da cesta básica subiu de preço. Mas o grande destaque é o feijão carioca, que tá mais caro em 24 capitais.

A comerciante Maria Lopes da Silva reclama: "Tá muito caro, meu filho. Pelo que a gente ganha, né? Qual é o pobre que pode comprar 2Kg de feijão?"

Dependendo da marca, o quilo do feijão carioquinha está saindo por quase R$ 10. Entre os itens da cesta básica, o feijão foi o segundo que apresentou maior elevação no preço do mês de abril para maio: subiu pouco mais de 7% - atrás somente da manteiga, que subiu mais de 9%.

A explicação para esta alta pode ser a falta do feijão nos estados produtores. A seca em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso prejudicou a última safra e, com a produção quase 80% menor, quem sofre é o consumidor.

A reportagem conversou com Dona Maria Helena. Ela faz a compra toda no supermercado, mas o feijão ela deixa para comprar na feira: "Mais em conta, mais barato. Mesmo 30 centavos, já vale a pena". O problema é que até na feira, o aumento já chegou. O feijão mais fresco quase dobrou de preço: antes, o quilo saía por R$ 6. Agora, R$ 11.

Ficar de olho no preço do mercado é a dica de quem entende de economia para ajudar a diminuir o peso do feijão no orçamento: "Comprar comparando preço, fazendo pesquisa... apresentando esses preços no momento em que eu vou adquirir esse feijão. E até, talvez, permutas podem funcionar muito bem - trocar o feijão carioquinha, que está muito caro, pelo feijão preto, que às vezes chega a custar metade do preço do carioquinha. Isso, em 1 ano, pode representar uma economia significativa no orçamento da família", explica o economista Arthur Lemos.



Veículo: Portal G1


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