Apesar de apresentar um gasto estimado inferior ao da principal concorrente, a TV, a publicidade na internet deve crescer em um ritmo mais do que duas vezes superior, até 2020. De acordo com a pesquisa, os gastos direcionados para as propagandas digitais devem ser 14,6% maiores, em até cinco anos, ante 8,6% de expansão na mídia tradicional.
O motivo, explica o gerente da PWC Brasil, Alexandre Eisenstein, é o que se denomina ranking de confiança. “O Brasil precisa se reinventar cada vez mais no meio digital. A TV ainda continua como a maior fatia de publicidade, até fora da curva em relação aos demais países pesquisados. A predileção pelo modelo tradicional está ligada ao que chamamos de ranking de confiança. Há pesquisas que mostram que o rádio ainda é o meio preferido dos anunciantes.
Depois aparecem jornal e TV com empate técnico. A publicidade digital apresenta crescimento expressivo, mas precisa ganhar a confiança do anunciante”, detalha.
Até 2020, a publicidade na TV continuará sendo o meio preferido dos anunciantes no Brasil, com cerca de 50% dos gastos totais do segmento. Apesar disso, a exemplo do que acontece na maioria dos mercados emergentes, o crescimento significativo da publicidade na internet, previsto para os próximos cinco anos, deve acontecer nos dispositivos móveis, acompanhando o aumento da penetração da internet mobile no País.
No ranking global, o Brasil era o 14º mercado em publicidade digital em 2015 e deverá subir uma posição em 2020, passando à frente da Itália e do México. Na América Latina, por sua vez, o mercado nacional é o maior em termos de publicidade on line. Em 2015, o setor atingiu US$ 1,4 bilhão em gastos, aumento de 23% em relação ao ano anterior.
Veículo: Diário do Comércio - MG