Muitos produtos que compõem as festas juninas e julinas levam hortaliças que têm movimentado o atacado da Ceasa Minas.
As quantidades ofertadas de mandioca, milho verde, batata-doce e gengibre, por exemplo, aumentaram de 12,8% a 30,1%, no período de 26 de maio a 10 de junho em relação aos 30 dias anteriores. Exceto a mandioca, todos esses produtos ficaram mais baratos.
Nesse período, o preço do milho verde caiu 14,6%, apesar da grande procura, passando de R$ 1,03 para R$ 0,88 no atacado. O gengibre, muito utilizado nos quentões, ficou 11,2% mais barato e a batata-doce apresentou queda de 8,2%. Já a mandioca ficou 10,5% mais cara.
A valorização da mandioca, apesar do aumento do volume ofertado, é um típico sinal de pressão da demanda, conforme aponta Hermínio Veríssimo, produtor rural de Piedade das Gerais (MG). Desde que as temperaturas começaram a cair, ele já observa uma procura em torno de 30% maior pela hortaliça. “Se em um dia normal, eu vendia em torno de 250 caixas, agora saem 350”, afirma Veríssimo, que comercializa no Mercado Livre do Produtor da Ceasa Minas (MLP), em Contagem.
Produtores de mandioca acreditam que 2016 possa representar a recuperação do preço do produto. Nos últimos dois anos, foi negociado a preços considerados baixos pelos produtores, o que desestimulou novos cultivos para a safra atual. “Esperamos uma recuperação agora e maior ainda em 2017”, ressalta.
O milho verde é outro símbolo da culinária junina que também apresentou aumento na oferta, visando atender melhor o mercado consumidor.
“Trabalho com milho verde há cerca de 15 anos e quando chega os meses de junho e julho, a procura chega a dobrar”, ressalta André Gonçalves Ferreira, produtor de Conceição do Pará (MG).
Veículo: Diário do Comércio de Minas