FCDL-RS apresenta levantamento sobre os indicadores do emprego varejista no Rio Grande do Sul
A análise mensal da conjuntura econômica realizada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul - FCDL-RS, referente ao mês de junho deste ano, apontou uma retração de 2.114 postos de trabalho na comparação com o mesmo período de 2015, quando ocorreu uma queda de 1.929 vagas, no que se refere ao emprego no varejo gaúcho.
Na opinião do presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, são dados que preocupam o comércio varejista e que ajudam a compor o quadro ruim de 530 mil gaúchos desempregados atualmente, de acordo com pesquisa do IBGE.
Precisamos ter, com urgência, uma retomada do crescimento econômico do país, para evitar que, mensalmente, os indicadores de geração de postos de trabalho continuem sendo negativos. Apesar de acreditarmos que existe a possibilidade da empregabilidade no varejo do Rio Grande do Sul ter um leve aumento até o final do ano, isso somente irá ocorrer com a execução de políticas que ajudem a resgatar o poder de consumo da nossa população - destaca Vitor Koch.
O dirigente lembra que ao longo deste ano tem falado muito sobre temas que afetam os indicadores de emprego no país e no estado, como o aumento de impostos, as taxas de juros elevadas e o avanço da inflação, fatores que levam a sociedade a ter menos dinheiro no bolso, a comprar menos, e, por consequência, fazem com que os empresários tenham a necessidade de promover ajustes em seus quadros funcionais, o que, na maioria da vezes, gera demissões.
No âmbito dos municípios, Porto Alegre apresentou o maior saldo de demissões, com - 367 vagas, vindo logo a seguir Pelotas, com - 150 e Santa Maria, com - 100. Na totalização de junho, 266 municípios gaúchos registraram estabilidade ou alta no emprego varejista, diante de 233, com saldo negativo.
Dos 78 gêneros do comércio varejista gaúcho, 21 registraram aumento ou estabilidade do número de postos de trabalho em junho último, diante de 57 segmentos em queda. Os destaques positivos ficaram para os ramos relacionados ao comércio de bebidas e gás liquefeito. Pelo lado oposto, as demissões ficaram centradas nos estabelecimentos de super e hipermercados e artigos do vestuário.
Fonte: Jornal do Comércio de Porto Alegre