O governo quer começar a votar a reforma da Previdência Social na primeira semana de fevereiro, data em que os deputados federais retornarão ao trabalho, após o recesso de fim de ano. Isso porque, mesmo antes de enviar a proposta ao Congresso Nacional, o Planalto trabalha com a aposta de que o texto será aprovado ainda este ano pela comissão especial da Câmara dos Deputados que vai analisar o documento, para poder, enfim, ir a plenário em 2017.
As propostas de mudanças das regras de concessão das aposentadorias e das pensões do INSS, porém, devem enfrentar resistências das centrais sindicais e da oposição, que criticam, principalmente, o ponto que fixa a idade mínima para aposentadoria em 65 anos, para homens e mulheres.
Ontem, devido à agenda do presidente Michel Temer, que está na Argentina para tratar do Mercosul, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, desmarcou uma reunião com as centrais sindicais, na qual o governo apresentaria a versão final da reforma para o debate com os representantes dos trabalhadores. Um novo encontro foi marcado para amanhã, em Brasília.
De acordo com o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, o papel das centrais será de enfrentamento às principais mudanças propostas pela reforma.
— Não podemos aceitar mudanças na nossa Previdência que levam em conta modelos europeus, que em nada traduzem nossa realidade — declarou Patah.
Veículo: Site O Globo - RJ