Setembro apresentou mudança nos preços de produtos, diz Dieese.
Macapá é a 7ª capital com o menor custo para o conjunto básico de alimentos.
Em setembro, o preço da cesta básica teve mudanças nas 27 capitais brasileiras e em Macapá apresentou uma queda no valor de 5,18% em relação a agosto, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A capital amapaense ficou na 7ª posição no ranking de menor custo para o conjunto básico de alimentos.
De acordo com os dados, a queda no preço ocorreu devido a diminuição no valor de nove produtos, entre eles a banana (-12,52%), tomate (-7,64%), óleo de soja (-6,63%), carne bovina de primeira (-5,44%), feijão carioquinha (-5,01%), pão francês (-4,46%), farinha de mandioca (-3,12%), manteiga (-2,96%) e o açúcar (-0,64).
Neste mesmo cenário econômico, outros produtos tiveram aumento, como o leite integral (4,48%), arroz agulhinha (1,26%) e café em pó (0,62%).
A cesta básica custou R$ 384,20 em setembro, enquanto que em meses anteriores o valor foi de R$ 393,72. O trabalhador macapaense, cuja remuneração é de um salário mínimo, necessitou cumprir jornada de trabalho de 96 horas e 03 minutos para a compra de uma cesta básica em setembro, menor que o tempo necessário em agosto, de 101 horas e 18 minutos.
O técnico de pesquisa de cestas básicas Aristóteles de Almeida informou que um dos motivos para a diminuição nos preços dos produtos foi a valorização do real em relação ao dólar. Ele explica que isso é um sinal que a economia está caminhando diante da crise instaurada no Brasil.
"Essa diminuição pode trazer para o consumidor uma resposta de como a economia tem caminhado no Brasil, porque além de Macapá são analisadas também as outras 26 capitais do país e a gente compara onde esse custo de vida está maior, onde a cesta básica é mais cara. O preço do óleo teve uma diminuição bastante significativa por conta da valorização do real diante ao dólar e da alta produtividade da soja americana isso fez com que o país exportasse menos e houve uma sobrecarga de estoque e o óleo de soja acabou barateando", destacou Almeida.
Para a coach Ana Isabel Romano, de 46 anos, a redução no preço da cesta básica pode ajudar na compra de outros produtos essenciais na mesa do consumidor. Ela conta que comemora a queda no valor do feijão, pois seria o alimento de maior importância no momento das compras mensais.
"Espero que com essa queda no preço de alguns produtos da cesta básica seja possível levar mais alimentos para casa. O que a gente observa que cada vez que a gente vem ao supermercado é para comprar apenas o básico. O feijão é essencial na mesa dos brasileiros. Na minha casa, é o feijão que deixa todos satisfeitos na hora do almoço. A família é grande e precisamos comprar em quantidade maior", ressaltou Ana Isabel.
Fonte: Portal G1