O Brasil abriu mais um mercado para as exportações de bovinos destinados à reprodução. É a República de Moçambique, que deve começar a comprar os primeiros lotes de gado brasileiro ainda em 2016. De acordo com estimativas do setor produtivo, o país africano tem potencial para importar até 50 mil animais por ano para essa finalidade.
De acordo com o Departamento de Saúde Animal (DAS) de Moçambique, o país tem enorme demanda por bovinos com excelente desempenho zootécnico, de aptidão de corte e de leite, capazes de contribuir com o melhoramento de seus rebanhos.
A conclusão do acordo sobre o protocolo sanitário com Moçambique reforça as ações desenvolvidas pelo Mapa para ampliar mercados às exportações de bovinos vivos. Desde 2014, o Departamento de Saúde Animal estabeleceu 14 dos 26 acordos sanitários vigentes para venda de gado vivo.
Índia - A Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa) assinou dois acordos com o governo da Índia, durante encontro entre o presidente Michel Temer e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, ontem. O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou da solenidade, em Goa (Índia).
Um dos acordos é de cooperação em genoma bovino e tecnologias de reprodução assistida, em parceria com o Departamento de Reprodução Animal, Laticínios e Pesca da Índia. O outro é um memorando de entendimento para cooperação na área de recursos genéticos, agricultura, zootecnia, recursos naturais e pesca e foi assinado com o Conselho Indiano de Pesquisa Agrícola.
Ontem, Maggi afirmou que a Índia “é muito protecionista” em relação à compra de produtos agrícolas do Brasil. Para ele, o país impõe barreiras fitossanitárias, que, na prática, não têm fundamentos técnicos. Segundo o ministro, autoridades brasileiras enfatizaram ao primeiro-ministro, Narendra Modi, que o mundo não vive só de regulamentos; é pautado pelo comércio, que em última instância é determinado por decisões políticas. “Se a Índia quiser o Brasil como um parceiro estratégico precisa tirar as barreiras fitossanitárias. Elas não existem. O que existe é política de não querer importar do Brasil ou dar preferência para outro país”, disse o ministro.
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas