Barry Callebaut faz parceria com Bunge e investe em fábrica no Brasil

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A suíça Barry Callebaut , a maior fabricante de chocolate bruto para indústria do mundo, deve começar a produzir no Brasil até o fim do ano. Além disso, firmou ontem um contrato com a Bunge Alimentos para distribuição exclusiva de seus chocolates e coberturas para o segmento de food service brasileiro.

 

"Vamos inundar o Brasil de chocolates", disse, entusiasmado, Antonio Moreira, gerente de vendas gourmet da Barry Callebaut Brasil, ao comentar que o volume comercializado pela empresa no país deve mais que dobrar com a unidade fabril. Segundo ele, o investimento deve ser de US$ 12 milhões. No Brasil, a Barry processa cacau em Ilhéus, na Bahia, onde produz manteiga, massa e pó da fruta matéria-prima do chocolate. A produção é vendida para indústrias de chocolates no país e exportada para fábricas da Barry na América do Norte.

 

O chocolate já processado usado pela indústria de chocolates que a suíça comercializa aqui é importado. "A América do Sul é o único mercado significativo de chocolates no mundo em que ainda não temos nossa própria fábrica", disse Patrick De Maeseneire, diretor-executivo da multinacional, ontem, em Zurique, na Suíça. "Com base no contrato de distribuição com a Bunge, estamos planejando a construção de uma fábrica de chocolate na região sudeste do Brasil", acrescentou o executivo que, depois de sete anos, está deixando a Barry para assumir a companhia Adecco, de recursos humanos. Em seu lugar fica o alemão Juergen B. Steinemann, atual presidente da Nutreco Agriculture. A Barry Callebaut teve nos últimos seis meses fiscais alta de 23,2% em seu lucro líquido que chegou a US$ 125,488 milhões. A empresa tem 40 unidades produtivas pelo mundo e vendeu no ano passado 611,9 mil toneladas de chocolate.

 

A fábrica brasileira ainda não tem cidade definida. "Estamos procurando uma estrutura já pronta, onde possamos instalar os maquinários e começar a produzir o quanto antes", disse Moreira. A capacidade de produção anual da planta, que terá 100 empregados, será de 20.000 toneladas para chocolate líquido e moldado. Os produtos serão distribuídos pela Bunge que, segundo De Maeseneire, atende cerca de 25 mil pontos de venda diariamente.

 

A Bunge assume a distribuição da Barry a partir de 1º de julho. As duas companhias também desenvolverão em conjunto uma linha de coberturas e chocolates para atender as necessidades específicas do mercado de food service e de padarias brasileiro - que consome anualmente 60 mil toneladas de chocolate ao ano.

 

Com a planta local e sem os impostos de importação, o preço do chocolate da Barry deve cair pelo menos 20%, como estimam fontes do mercado. O ganho de escala a partir da distribuição com a Bunge também vai colaborar para essa queda.

 

O que atrai a empresa no Brasil, segundo os executivos da Barry Callebaut, é o aumento no consumo de chocolates. De 2002 até o fim do ano passado, o volume devorado pelos brasileiros passou de 337 mil toneladas para 517 mil toneladas, com alta de 53%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates (Abicab).
 


Veículo: Valor Econômico


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