Nota do Ibravin sobre reportagem dos vinhos do Globo Repórter

Leia em 4min 10s

                                              

Desde o último dia 18 de novembro, quando foi ao ar o episódio "A Paixão dos Brasileiros por Vinhos", do Globo Repórter, nós do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) temos recebido e observado inúmeros retornos positivos de imagem e mesmo de comercialização de produtos. Da mesma forma, tem nos chegado alguns questionamentos sobre a veiculação do programa. Por isso, aproveitamos para informar alguns pontos importantes:


1. O programa não recebeu recursos, investimento ou qualquer outro tipo de aporte financeiro do Ibravin. O episódio foi produzido por iniciativa da equipe de jornalismo da Rede Globo, com a qual a assessoria de imprensa do Ibravin vem mantendo contato por meio do envio de informações, assim como faz permanentemente com diversos outros veículos da imprensa nacional. Portanto, a mídia gerada foi espontânea, fomentada a partir de relacionamento da assessoria de imprensa da entidade, entretanto, sem que houvesse ingerência do Ibravin no conteúdo;


2. A elaboração da pauta, o enfoque do conteúdo, a escolha dos locais de gravação e das regiões produtoras apresentadas no episódio e edição de imagens foi feita, exclusivamente, pela equipe do Globo Repórter, que arcou com todas as despesas de produção;


3. Coube ao Ibravin e à Embrapa Uva e Vinho o apoio à equipe de produção do programa por meio do envio de informações sobre o setor, com números de produção e comercialização, as características das regiões de produção (sem a priorização de qualquer área) e a intermediação de alguns contatos;


4. O Ibravin alertou à equipe da Rede Globo o fato de um dos vinicultores escolhidos como case não estar, até então, regularizado junto aos órgãos competentes, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa);


5. A abordagem do tema orgânico/biodinâmico partiu da equipe do programa. O Ibravin e a Embrapa informaram à produção do programa quanto à pouca disponibilidade de dados, ao fato de ainda haver uma quantidade pequena de produtores que se enquadram neste modelo de produção e sobre a necessidade de estudos mais consistentes sobre o assunto;


6. Programas jornalísticos, de uma forma geral, costumam abordar assuntos pelo viés da novidade, do ineditismo, do impacto social ou ainda de sinalização de tendências que interessem ao grande público. Como os jornalistas nem sempre têm domínio técnico sobre os temas apresentados, muitas vezes, acabam utilizando termos e definições que não são absolutamente corretos;


7. Em pouco menos de dois anos, o Globo Repórter já se debruçou sobre a questão da vitivinicultura tradicional, a influência da imigração italiana na produção da uva e do vinho brasileiro e os benefícios do suco de uva para a saúde. Os programas não costumam repetir assuntos e, muitas vezes, focam no que pode ser definido com extraordinário, ou que toque os telespectadores por meio da curiosidade, da paixão, da empatia ou outros sentimentos, geralmente de caráter emocional;


8. Os resultados da divulgação em nível nacional foram imediatamente percebidos por redes de supermercados do centro do país. Relatos do Grupo Pão de Açúcar e da rede de supermercados Angeloni, de Santa Catarina, informaram que houve um incremento substancial na compra de vinhos brasileiros - independente da região de origem do vinho disponível nas gôndolas - no final de semana logo após a veiculação do Globo Repórter;


9. A divulgação de diferentes regiões produtoras, em diversos estados e com identidades distintas, mostrou o Brasil como um país de vocação vitivinícola. Para o posicionamento e fortalecimento da imagem da categoria, esse panorama é importante porque traduz a diversidade do vinho brasileiro e a capacidade de atender a diferentes públicos;


10. Ao mostrar as belezas, cultura, atrativos e a força do setor, o programa foi de grande importância para o fomento do enoturismo que pode ser explorado em diferentes regiões do país. Porém, mostrando o local das primeiras vinhas viníferas do Estado, o episódio valorizou a história da vitivinicultura na Serra Gaúcha e, por consequência, no Rio Grande do Sul;


11. Ao relacionar a vitivinicultura com hábitos saudáveis amparados por estudo científicos, o programa também contribuiu para a qualificação e diferenciação do vinho ante outras bebidas alcóolicas, contribuindo para a construção de uma cultura consciente de consumo;


12. Ressaltamos que o Ibravin é totalmente favorável à fiscalização dos órgãos competentes e que a entidade atua em prol do desenvolvimento da atividade devidamente amparada nos aspectos legais e de boas práticas de produção e comercialização.

Por fim, agradecemos o empenho de todo o setor para que mais essa conquista fosse possível e nos colocamos à disposição para qualquer esclarecimento que julgarem necessário.



Fonte: Assessoria de Comunicação do Ibravin


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