Em tempos de economia fraca, o comércio eletrônico continua a ser destaque positivo no mercado. Com o Produto Interno Bruto (PIB) devendo fechar o ano com queda de 3,4% - de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) -, o faturamento do setor de e-commerce no Brasil terá crescimento de 8% este ano, em relação ao registrado em 2015, segundo estudo da Ebit, empresa de dados sobre o comércio eletrônico. O volume das vendas, que foi de R$ 41,3 bilhões no ano passado, deverá ficar em R$ 44,6 bilhões este ano.
"Comparado com o desempenho da economia do país, o comércio eletrônico fecha o ano em condição favorável, com muito espaço para o crescimento. Na maior parte do mundo, esse segmento tem apresentado aumento real de faturamento e maior participação de mercado. Temos que acompanhar essa tendência global", afirma o vice-presidente de finanças e controle da Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico (camara-e.net), Marcelo Coelho.
No Brasil, as vendas eletrônicas já respondem por cerca de 4% do total do comércio. Nos últimos quatro anos, eles dobraram sua participação: eram 2% do mercado em 2012. Nos Estados Unidos, o e-commerce representa cerca de 12% das vendas totais do varejo e, na Europa, 15%. Na China, chega perto de 30% segundo dados da Ebit.
"Se compararmos o desempenho do comércio eletrônico com o do varejo restrito (que não inclui setor automobilístico e de construção), o qual deve fechar o ano com queda de quase 6%, o e-commerce vai bem. Mas o importante é olharmos para o futuro, que promete ser promissor, com o crescimento de dois dígitos ao ano para as vendas pela internet", declara o presidente da Ebit, Pedro Guasti.
Fonte: Valor Econômico