Colheita farta em todo País derruba preço do feijão

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A boa produtividade na segunda safra de feijão aumentou a oferta no mercado e contribuiu para as cotações recuarem nos dois últimos meses. Com isso, o cenário altista que se desenhava em janeiro por causa das perdas no Paraná provocadas pela seca começam a perder força. A expectativa de analistas é que a queda nos preços seja sentida pelos consumidores até o final deste mês. Conforme dados da Safras & Mercado, os preços médios da saca de 60 quilos do carioca tipo 1 negociado na Bolsinha do Feijão de São Paulo recuaram 28% desde janeiro, para R$ 92,50. Porém permanecem inalterados em reação à março por causa da boa demanda por parte dos varejistas.

 

"Acredito que esse recuo deve chegar ao consumidor no máximo até o começo de maio. Os varejistas estão perto de liquidar os estoques antigos, que tinham sido comprados quando o mercado estava em alta. Essa reposição do estoque está impedindo recuos mais intensos no caso do carioca", avalia Rafael Poerschke, analista da Safras & Mercado. Na comparação com abril do ano passado, quando os preços atingiram R$ 143,69 a saca, a desvalorização já atinge 35%.

 

A primeira safra de feijão, que chegou ao mercado no final do ano passado, teve uma quebra de 35% estimada por analistas. Poerschke revela que o feijão carioca, o mais consumido na região Sudeste do País, responde por 60% dessa colheita e o preto fica com 38%. Segundo levantamento da consultoria, a produção foi de 1,38 milhão de toneladas em uma área de 1,43 milhão de hectares. As notícias de queda na primeira safra fizeram a saca do grão subir dos R$ 111 em dezembro de 2008 para R$ 128 na Bolsinha.

 

"No entanto, o clima favorável na região Sul, principal pólo produtor, colaborou para a boa produtividade da segunda safra e os preços começaram a recuar", disse o analista. Nessa colheita, foi produzido 1,62 milhão de toneladas, com o carioca representando 50% desse total. "Essa recuperação atingiu em cheio o feijão carioca tipo 2, que é negociado por R$ 72,50 a saca, número abaixo do mínimo de R$ 80,00 estipulado pelo governo", completa Poerschke.

 

Por esse motivo, a Conab anunciou no último dia 4 um programa de Aquisições do Governo Federal (AGF) de R$ 8 milhões para a compra de 45 toneladas do carioca tipo 2, no Rio Grande do Sul. "Isso ajudou a enxugar o mercado e deve sustentar os preços por enquanto" acredita o analista.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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