Uma plataforma mais moderna para a coleta e análise de dados foi desenvolvida para o Programa Café + Forte, projeto que é coordenado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). O novo sistema tem como objetivo reunir de forma mais organizada as informações dos participantes do programa, garantindo melhor análise e agilidade, contribuindo para o desenvolvimento dos cafeicultores e da atividade. O novo sistema, que está em fase piloto, será testado ao longo de 2018 em parceria com algumas cooperativas. A expectativa é que seja disponibilizado oficialmente para os participantes do Café + Forte durante a Semana Internacional do Café (SIC).
De acordo com a analista de agronegócio da Faemg, Ana Carolina Gomes, o programa Café + Forte já trabalhava com banco de dados. Porém, todo o sistema de informação entre o produtor e as entidades participantes do programa era gerado e sincronizado dentro desta plataforma on-line e gratuita. O uso das informações era feito de forma isolada e em planilhas do excel, demandando mais tempo e trabalho dos profissionais durante as análises. A nova plataforma tornará mais rápido todo o processo.
Denominado provisoriamente de Sistema de Gestão da Cafeicultura, o projeto vai permitir que cafeicultores cadastrem os dados e visualizem os resultados em tempo real, safra a safra. Também vai ampliar a possibilidade de acesso direto às tecnologias de gestão e custo, além de oferecer ao produtor rural maior autonomia nas decisões gerenciais de sua propriedade.
“Para ampliar o aceso dos produtores à tecnologia de gestão de custos e para facilitar a extração dos resultados gerados individualmente, a gente estruturou e organizou todas as informações dentro de uma ferramenta única de conectividade. Agrupamos os dados dentro do sistema, que irá facilitar a leitura e o armazenamento de todos os dados e informações coletadas dos participantes do Programa Café Forte”.
Ainda segundo Ana Carolina, com a plataforma as informações ficaram mais organizadas, o que facilita o acesso aos dados. A mudança é considerada essencial, uma vez que o número de participantes do projeto é crescente.
“Como os resultados são gerados individualmente e da forma anterior eram lançados em várias planilhas, acabava gerando muito trabalho e complexidade na análise de resultados. Com a nova plataforma, a gente consegue facilitar por meio do armazenamento único e pela leitura mais dinâmica e automatizada do sistema”.
Na plataforma serão lançados dados relacionados a todas as etapas da produção cafeeira. São levados em conta informações sobre produtividade, aplicação de defensivos, as despesas e as receitas alocadas na atividade do café. Após o levantamento, é feita uma leitura e extraída a principal informação, que é referente ao custo de produção. Com a análise de dados é possível quantificar os gastos com a produção, independente do sistema produtivo, seja ele manual ou mecanizado.
Ações - Organizando o lançamento de dados e a leitura dos resultados, a expectativa é ter um melhor direcionamento das ações encabeçadas pelo Sistema Faemg. Além da definição de políticas para o setor, as informações mais objetivas serão utilizadas para direcionar o Senar no desenvolvimento de cursos e o Inaes no desenvolvimento de melhores ferramentas para otimizar todo o sistema de tecnologia de gestão e custo.
“O maior objetivo é que toda esta tecnologia e as informações apuradas através dela cheguem às mãos dos produtores que participam do Café + Forte. O sistema organiza e codifica todas as informações, que são sigilosas, e nós conseguimos extrair e levar as informações que o cafeicultor necessita sobre a produção. Nosso papel é capacitar e treinar o cafeicultor com base nas análises, para que ele possa atuar de forma eficiente e competitiva na atividade”, explicou Ana Carolina.
A ferramenta de conectividade será testada e ajustada junto aos produtores ao longo deste ano e a expectativa é lançar a plataforma durante a Semana Internacional do Café (SIC).
“Com a plataforma, o cafeicultor saberá os custos, poderá identificar os gargalos, melhorar a gestão e fazer planejamentos. O cafeicultor, além de produtor, será um gestor, um gerente, um empresário da atividade. A expectativa é muito boa”, disse Ana Carolina.
Fonte: Diário do Comércio de Minas