Cafeicultores terão novo banco de dados

Leia em 3min 40s

Uma plataforma mais moderna para a coleta e análise de dados foi desenvolvida para o Programa Café + Forte, projeto que é coordenado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). O novo sistema tem como objetivo reunir de forma mais organizada as informações dos participantes do programa, garantindo melhor análise e agilidade, contribuindo para o desenvolvimento dos cafeicultores e da atividade. O novo sistema, que está em fase piloto, será testado ao longo de 2018 em parceria com algumas cooperativas. A expectativa é que seja disponibilizado oficialmente para os participantes do Café + Forte durante a Semana Internacional do Café (SIC).

 

De acordo com a analista de agronegócio da Faemg, Ana Carolina Gomes, o programa Café + Forte já trabalhava com banco de dados. Porém, todo o sistema de informação entre o produtor e as entidades participantes do programa era gerado e sincronizado dentro desta plataforma on-line e gratuita. O uso das informações era feito de forma isolada e em planilhas do excel, demandando mais tempo e trabalho dos profissionais durante as análises. A nova plataforma tornará mais rápido todo o processo.

 

Denominado provisoriamente de Sistema de Gestão da Cafeicultura, o projeto vai permitir que cafeicultores cadastrem os dados e visualizem os resultados em tempo real, safra a safra. Também vai ampliar a possibilidade de acesso direto às tecnologias de gestão e custo, além de oferecer ao produtor rural maior autonomia nas decisões gerenciais de sua propriedade.

 

“Para ampliar o aceso dos produtores à tecnologia de gestão de custos e para facilitar a extração dos resultados gerados individualmente, a gente estruturou e organizou todas as informações dentro de uma ferramenta única de conectividade. Agrupamos os dados dentro do sistema, que irá facilitar a leitura e o armazenamento de todos os dados e informações coletadas dos participantes do Programa Café Forte”.

 

Ainda segundo Ana Carolina, com a plataforma as informações ficaram mais organizadas, o que facilita o acesso aos dados. A mudança é considerada essencial, uma vez que o número de participantes do projeto é crescente.

 

“Como os resultados são gerados individualmente e da forma anterior eram lançados em várias planilhas, acabava gerando muito trabalho e complexidade na análise de resultados. Com a nova plataforma, a gente consegue facilitar por meio do armazenamento único e pela leitura mais dinâmica e automatizada do sistema”.

 

Na plataforma serão lançados dados relacionados a todas as etapas da produção cafeeira. São levados em conta informações sobre produtividade, aplicação de defensivos, as despesas e as receitas alocadas na atividade do café. Após o levantamento, é feita uma leitura e extraída a principal informação, que é referente ao custo de produção. Com a análise de dados é possível quantificar os gastos com a produção, independente do sistema produtivo, seja ele manual ou mecanizado.

 

Ações - Organizando o lançamento de dados e a leitura dos resultados, a expectativa é ter um melhor direcionamento das ações encabeçadas pelo Sistema Faemg. Além da definição de políticas para o setor, as informações mais objetivas serão utilizadas para direcionar o Senar no desenvolvimento de cursos e o Inaes no desenvolvimento de melhores ferramentas para otimizar todo o sistema de tecnologia de gestão e custo.

 

“O maior objetivo é que toda esta tecnologia e as informações apuradas através dela cheguem às mãos dos produtores que participam do Café + Forte. O sistema organiza e codifica todas as informações, que são sigilosas, e nós conseguimos extrair e levar as informações que o cafeicultor necessita sobre a produção. Nosso papel é capacitar e treinar o cafeicultor com base nas análises, para que ele possa atuar de forma eficiente e competitiva na atividade”, explicou Ana Carolina. 

 

A ferramenta de conectividade será testada e ajustada junto aos produtores ao longo deste ano e a expectativa é lançar a plataforma durante a Semana Internacional do Café (SIC).

 

“Com a plataforma, o cafeicultor saberá os custos, poderá identificar os gargalos, melhorar a gestão e fazer planejamentos. O cafeicultor, além de produtor, será um gestor, um gerente, um empresário da atividade. A expectativa é muito boa”, disse Ana Carolina.

 

Fonte: Diário do Comércio de Minas

 

 


Veja também

Produção de azeite de oliva no Brasil deve crescer mais de 40% em 2018

Apesar da geada que afetou os pomares no Rio Grande do Sul, o que pode reduzir a oferta de azeitonas, a produç&at...

Veja mais
Usina Coruripe prevê estabilidade na moagem de cana em 2017/18

São Paulo - A Usina Coruripe, maior empresa do setor sucroalcooleiro no Norte/Nordeste e a nona do Brasil, espera...

Veja mais
Açúcar: Produção mundial deve crescer em 2017/18, mas segue estável no BR

As projeções para a atual safra global 2017/18 indicam maior produção de açúca...

Veja mais
Preço do leite voltou a cair em dezembro

Após registrar pequena variação positiva em novembro, o preço do leite, em Minas Gerais, vol...

Veja mais
Trigo: Disponibilidade elevada deve favorecer comprador em 2018

As produções de grãos e cereais atingiram volumes recordes, pelo menos nos últimos dois anos...

Veja mais
Cargill prevê avanço de participação em 2018

A Cargill Nutrição Animal planeja ampliar a sua participação no mercado de bovinos confinado...

Veja mais
Cerrado paulista tem um terço da cana no Brasil

O cerrado paulista concentra um terço da área cultivada com cana-de-açúcar no País, d...

Veja mais
Seiscentos profissionais reforçarão a Defesa Agropecuária brasileira, diz Mapa

Em julho, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) obteve autorização do Min...

Veja mais
Café: Sul de Minas ganha unidade de processamento

O Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em Machado, no Sul do Estado, ...

Veja mais