O cerrado paulista concentra um terço da área cultivada com cana-de-açúcar no País, de acordo com estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a publicação “A geografia da cana-de-açúcar”, que analisa a dinâmica territorial da atividade, a produção de cana ocorre em todo o País e está presente com maior intensidade na Mata Atlântica. No entanto, a área no Cerrado – que representa 1% do território nacional - cresceu de forma significativa e já chega a um terço do total cultivado no Brasil.
O cultivo remonta ao período colonial. Ao longo do tempo, porém, as lavouras de cana deixaram de estar concentradas em áreas tradicionais de cultivo, como a costa nordestina e o norte do Rio de Janeiro, para avançar pelo oeste-sudoeste, em direção aos planaltos do Rio Paraná, incluindo o Triângulo Mineiro, centro-sul de Goiás e o Sul de Mato Grosso, além do Estado de São Paulo.
Em todas essas áreas, a produção da gramínea é altamente mecanizada. No entanto, pequenos produtores ainda utilizam as técnicas coloniais, como os que produzem açúcar mascavo, rapadura e melado, segundo o IBGE.
Distâncias
A publicação também afirma que o intervalo médio entre as usinas e as lavouras é de 70 quilômetros, já que a cana-de-açúcar precisa ser processada rapidamente. A região Sudeste contra o maior número de usinas do País.
Por outro lado, os insumos como maquinário e adubo têm a produção concentrada em São Paulo, Cubatão e Recife, municípios distantes das áreas de produção.
A comercialização dos derivados da cana-de-açucar se divide conforme o produto. Enquanto o etanol e gasolina têm como principais consumidores os brasileiros, o açúcar é destinado à exportação.
Fonte: DCI São Paulo