IPC-S recuou para 0,62%, puxado pelos alimentos.
A cebola apresentou umaumento expressivo, saltando de 10,04% para 20,10%.
Depois de subir na capital mineira na passagem da segunda para a terceira semana deste mês, a inflação caiu na quarta e última semana de agosto, segundo levantamento divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) de Belo Horizonte apresentou variação de 0,62%, resultado 0,05 ponto percentual (p.p) inferior ao da semana anterior (0,67%).
Entretanto, em termos percentuais, a taxa na capital mineira continua a mais alta entre aquelas (Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Brasília) que foram analisadas pela FVG. A segunda posição ficou com a capital federal, com variação de 0,22%.
Nesta edição, seis das sete capitais pesquisadas apresentararam desaceleração do índice. Apenas o Rio de Janeiro apresentou estabilidade, mantendo a variação de 0,17%. A inflação na capital mineira ficou acima da média das demais cidades, que apresentou variação de 0,14%, 0,10 ponto percentual abaixo da taxa apurada anteriormente (0,24%).
Em Belo Horizonte, o IPC-S foi pressionado novamente pelo grupo alimentos, com alta de 1,70%, segundo o economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da fundação, André Braz. Na semana anterior, o grupo apresentou incremento de 1,58%.
Em sua avaliação, a demora nos repasses nos preços de alguns produtos durante o primeiro semestre em Belo Horizonte pode ser um dos motivos do comportamento do índice. "A inflação dos alimentos está desacelerando em boa parte do país e há espaço para cair em Belo Horizonte. uma questão de tempo", disse.
Desaceleração - Nesta edição do levantamento, quatro das sete classes de despesa componentes do índice em Belo Horizonte registraram desaceleração nas suas taxas de variação, com destaque para o grupo vestuário, cuja taxa passou de 0,22% para -0,38%, além de despesas diversas, que saiu de uma alta de 1,45% para 1,07%.
O item saúde e cuidados pessoais também apresentou variação abaixo da média (0,52%), o mesmo aconteceu com habitação (0,47%) e transportes (0,11%). O grupo educação, leitura e recreação apresentou variação de 0,03%.
O economista da FGV ressaltou que alguns produtos básicos do grupo alimentação estão apresentando desaceleração nos preços. Foi o caso do feijão carioquinha, que sofreu queda de 4,34% na última semana deste mês, percentual mais acentuado na comparação com a semana anterior (-3,52%).
Braz lembrou que o pão francês, que é um produto que pesa no bolso do consumidor, também apresentou trajetória de recuo, passando de 0,35% para 0,64%. "O macarrão, que na semana anterior apresentou alta de 1,03%, passou a registrar recuo de 0,11%", disse.
Veículo: Diário do Comércio - MG