O Wal-Mart está conseguindo atrair novos e mais abastados consumidores nos Estados Unidos, aumentando o valor de seu ticket médio. Estes novos clientes gastaram, em média, 40% a mais do que o observado no mês de fevereiro, afirma Eduardo Castro-Wright, vice-presidente da companhia, durante um encontro com analistas em Nova York. Cerca de 55% dos novos consumidores do Wal-Mart recebem mais de US$ 50 mil por ano.
Há cerca de um ano, consumidores que receberam cheques de estímulo do governo federal gastaram parte deles em compras no Wal-Mart, ajudando a incrementar as vendas em 4,6% no segundo trimestre que se encerrou no dia 31 de julho de 2008. Quando os cheques destes consumidores chegaram ao fim, o ritmo do crescimento das vendas caiu para 3%. Os novos clientes poderão compensar esta desaceleração, acredita Castro-Wright.
Sam’s Club
O Sam’s Club, bandeira atacadista do Wal-Mart, está usando uma promessa de uma economia de US$ 270 milhões para atrair clientes que possuem pequenos negócios durante a pior recessão em toda uma geração. Em uma campanha de três meses para atrair novos clientes e trazer antigos de volta, a empresa informou que já entrou em contato com mais de 63 mil pequenos negócios e está revendo as compras de guardanapos, carne bovina, sabão e outros produtos que eles realizaram. Restaurantes, centros de beleza e, até mesmo, igrejas "estão procurando reduzir suas despesas e equilibrar seus fluxos de caixa", diz Catherine Corley, vice-presidente do Sam’s para pequenas empresas. "Com a receita em queda, o corte de gastos é a única saída possível para estes empresários no momento".
O Sam’s, tem contatado pequenas empresas desde meados de fevereiro e percebeu que inúmeras delas estão enfrentando problemas em suas finanças em meio à recessão atual, diz Catherine. Os esforços para oferecer cotas de preços a cerca de 100 mil pequenos negócios irão até o dia 22 de maio. Companhias independentes que possuem menos de 500 funcionários empregam cerca da metade de todos os trabalhadores do setor privado e respondem por 45% do total de salários pagos na iniciativa privada nos EUA, segundo dados da Small Business Administration. As empresas que têm entre 5 e 10 empregados em suas folhas de pagamento são o alvo do Sam’s Club, revela Susan Koehler, porta-voz da companhia.
Os restaurantes estão entre os estabelecimentos que mais foram afetados pela crise econômica, segundo Catherine. Alguns deles deixaram de pagar taxas extras ao Sam’s para a entrega de alimentos e outros produtos. "Eles estão vindo a nossas lojas com maior frequência e estão comprando menos a cada visita", afirma a vice-presidente. "Eles estão fazendo tudo o que podem para gerenciar seus fundos. Estão lutando para não fecharem as portas".
Veículo: Gazeta Mercantil