Até agora imune à crise financeira internacional, o setor supermercadista pode estar começando a sentir seus efeitos. Ainda não existem dados oficiais sobre as vendas relativas a abril mas, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), informações do mercado dão conta de que o faturamento deste mês foi afetado, mesmo com as vendas da Páscoa. "O principal impacto vem do segmento de alimentos", afirma o presidente da entidade, Sussumu Honda. Apesar disso, o executivo mantém a estimativa de crescimento de 2,5% das vendas para este ano. "A expectativa é de um a retomada das economias mundiais no último quadrimestre".
Depois de ter iniciado o ano com um crescimento de 6,54%, as vendas do setor supermercadista subiram 4,16%, em fevereiro e encerraram março com uma queda de 4,22%. No acumulado do ano, as vendas ainda se mantém positivas, com alta de 2,12%. "O consumo das famílias está perdendo o ritmo que vinha tendo no ano passado", diz Honda.
Em março, os faturamento caiu 4,22% em comparação com o mesmo mês do ano passado. A queda é atribuída a um efeito de calendário, já que a Páscoa caiu no mês de março em 2008, período em que os supermercados registraram um crescimento de 13,84% nas vendas.
Mais cauteloso o consumidor está mudando de categoria de produtos e também comprando mesmos. No primeiro bimestre deste ano, o setor registrou uma queda de cerca de 1% no volume de vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Supermercados pequenos (de até quatro caixas) e grandes (com mais de 50 caixas) são os que mais sofrem quedas de acordo com a empresa de pesquisas Nielsen, que acompanha o setor.
Em relação a fevereiro, as vendas do setor supermercadista registaram uma alta de 6,45%.
Veículo: Gazeta Mercantil