Comércio perde R$ 3 bi na paralisação

Leia em 2min

As perdas do comércio varejista com a greve dos caminhoneiros já chegam a R$ 3,1 bilhões. Com esse resultado, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), diminuiu a previsão de crescimento do setor para o ano de 5,4% para 4,7%.

 

De acordo com a entidade, com paralisação do transporte rodoviário, que provocou bloqueios em estrada de todo o Brasil, o nível de circulação dos produtos foi reduzido drasticamente, afetando todos os setores do comércio.

 

Na análise por segmento, a perda nas vendas de combustíveis e lubrificantes foi estimada em R$ 1,42 bilhão, e a escassez de combustíveis que restringiu a oferta de produtos hortifrutigranjeiros no ramo de hiper, supermercados e minimercados levou esse segmento à perda de R$ 1,73 bilhão, até o dia 28 de maio.

 

As seis unidades da Federação, avaliadas pela CNC, correspondem a mais da metade (56%) da receita dos segmentos de combustíveis e lubrificantes e de hiper e supermercados, em nível nacional. E, juntos, os ramos de combustíveis e lubrificantes e de hiper e supermercados respondem por 47% do volume anual de vendas do varejo brasileiro.

 

De acordo com a CNC, ramo supermercadista deve perder cerca de 4,6% no faturamento mensal, enquanto no segmento de combustíveis as perdas representam 12,7% do faturamento médio mensal nas regiões avaliadas pela entidade.

 

Na divisão por estado, as perdas dos dois segmentos totalizaram R$ 1,6 bilhão em São Paulo, R$ 418,4 milhões em Minas Gerais, R$ 374,1 milhões no Rio de Janeiro, R$ 328,3 milhões no Paraná, R$ 355,4 milhões na Bahia e R$ 92,5 milhões no Distrito Federal.

 

Diante de uma crise no abastecimento, Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) pediu que seus associados não façam aumentos abusivos nos preços dos produtos. “ Reprovamos qualquer iniciativa dos que queiram se aproveitar da preocupação dos brasileiros com o desabastecimento de itens perecíveis para aumentar o preço de produtos”, disse a entidade, em nota.

 

Outros nichos

 

De acordo com dados da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb, o segmento registrou queda de 40% no número de pedidos realizados na última semana em comparação às últimas três. O recuo, para eles, é consequência da paralisação de caminhoneiros, que tem gerado atraso nas entregas e desmotivado as compras online.

 

Fonte: DCI


Veja também

Laticínios: estragos somam R$ 8,4 mi

Os prejuízos causados pela greve dos caminhoneiros para o setor de laticínios do Ceará gira em torn...

Veja mais
Agricultores familiares descartam produção

Os prejuízos causados pela paralisação dos caminhoneiros são incalculáveis para o set...

Veja mais
Comércio varejista perdeu R$ 3,1 bi com greve de caminhoneiros, diz CNC

Por causa das paralisações nas estradas promovidas por caminhoneiros em todo o País, o comér...

Veja mais
Greve deve corroer resultado positivo do varejo gaúcho no primeiro trimestre

O bom começo de ano do varejo gaúcho – que viu o volume de vendas crescer 10% no primeiro trimestre,...

Veja mais
Falta de produtos no supermercado sobe 21% e afeta feijão e arroz, diz Neogrid

A ruptura, que é a falta de produtos nas gôndolas dos supermercados, aumentou 21% durante a paralisaç...

Veja mais
Produtores rurais do Brasil têm prejuízo de R$6,6 bi com protestos, diz CNA

Os produtores rurais brasileiros já contabilizam prejuízos de 6,6 bilhões de reais em decorrê...

Veja mais
Indústria de café do Brasil perde até R$70 mi por dia com protestos, diz Abic

A indústria de café do Brasil, maior produtor e exportador mundial, está perdendo até 70 mil...

Veja mais
Em crise, agronegócio reivindica revisão tributária em Minas Gerais

Um dos segmentos econômicos mais prejudicados pela greve dos caminhoneiros, o agronegócio vem registrando p...

Veja mais
Trigo: Liquidez recua com menor demanda e greve de caminhoneiros

A comercialização de trigo está limitada no Brasil, conforme indicam pesquisadores do Cepea. Com o ...

Veja mais