Laticínios: estragos somam R$ 8,4 mi

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Os prejuízos causados pela greve dos caminhoneiros para o setor de laticínios do Ceará gira em torno de R$ 8,4 milhões. O cálculo, estimado pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados e pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios do Ceará (Sindilaticínios), leva em consideração a produção diária de 650 mil litros de leite, durante 10 dias de perdas ao custo unitário de R$ 1 o litro do produto. "Além disso, nós temos de levar em consideração os 30% dos insumos e embalagens em cima deste valor", explica o presidente da Câmara Setorial, José Antunes, que destacou ainda que a situação está muito difícil para os produtores cearenses.

 

"A gente tem caminhões que captam o leite dos produtores nas fazendas. Esses veículos não estão podendo rodar. Alguns que moram antes dos bloqueiam trazem este leite, então a gente consegue beneficiar o produto, porém não estamos podendo levar da fazenda até os supermercados", afirmou Antunes.

 

Armazenamento

 

Segundo ele, o leite está armazenado nas câmaras e está perdendo data de fabricação. "Já está com a data crítica de 10 dias e os supermercados não recebem mais o produto. Resolveu-se deste modo pela paralisação total de captação do leite que é ruim para a gente que não está vendendo e ruim para a população que não tem como se abastecer do produto".

 

O presidente da Câmara disse também que um dos maiores prejudicados com esta situação são os pequenos produtores do Interior do Estado. "Esse produtor está numa situação precária, terrível, sem ter como fazer e como sair dessa situação".

 

Antunes afirmou que a situação mais crítica no Estado é onde estão as principais bacias leiteiras. "Como Quixadá, Quixeramobim, Morada Nova e Iguatu. A parte de laticínios participa com quase 50% da produção pecuária do Estado. Então no momento, o prejuízo é imensurável e vamos a deriva. O governo já sabia de tudo isso que ia acontecer", acrescentou.

 

Restabelecimento

 

De acordo com os produtores, caso a greve terminasse hoje, seriam necessários até 10 dias para a situação se normalizar e cerca de 30 dias para haver o restabelecimento total da produção de leite no Estado. (HRN)

 

Fonte: Diário do Nordeste

 


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