São Paulo - O brasileiro vinha apresentando um grau de otimismo crescente em relação ao ano passado, descontado o cenário da greve dos caminhoneiros no fim do mês passado. Pesquisa realizada em abril demonstrou que 29% dos entrevistados se disseram mais otimistas, contra 23% da avaliação anterior, de outubro de 2017.
O levantamento mostrou também que, em abril, 31% acreditavam que o crescimento do País vai aumentar, chegando a percentagem próxima do nível mais alto da série histórica, mas 33% não têm certeza de quando isso vai acontecer. Os dados são da 11ª pesquisa Perspectivas, feita em parceria pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) e a agência de pesquisa Kantar TNS.
O número de entrevistados que em abril achavam que a oferta de crédito iria piorar caiu significativamente: 34% fizeram essa estimativa, em comparação a 42% em 2017. A percentagem de pessoas dispostas a tomar crédito aumentou de 19% para 24% em 2018, sendo o financiamento imobiliário a principal linha para esses entrevistados.
De acordo com pesquisa, em abril os brasileiros pensavam que sua situação financeira pessoal e seu padrão de vida iriam melhorar. Ambos trouxeram os maiores números de toda a série histórica da pesquisa: 46% e 40%, respectivamente.
Para o presidente da Acrefi, Hilgo Gonçalves, os resultados demonstram que as ações de educação financeira estão surgindo efeitos positivos. “Acreditamos que esse comportamento do consumidor contribui para um ambiente de crédito mais saudável, logo, gerando um crescimento sustentável.”
Sobre a situação pessoal, 39% dos entrevistados disseram que a capacidade de fazer compras para casa vai melhorar, com avanço em relação a 2017, quando o índice foi de 34%. Quando questionados sobre quais itens compraram nos últimos seis meses, o smartphone, que é também é o “sonho de consumo” para os próximos meses, junto com eletrodomésticos, lidera.
Já sobre a propensão a fazer um financiamento este ano, o índice aumentou de 18% para 28% em 2018 e se tornou o mais alto desde 2015. Até em relação ao desemprego a visão dos entrevistados está mais otimista: 40% acreditam que o número de desempregados não vai aumentar nos próximos meses. Este é o nível mais positivo desde que a pesquisa começou a ser realizada, em junho de 2015, quando o indicador ficou em 16%.
Fonte: Diário do Comércio de Minas