Com previsão de um inverno igual ou mais intenso do que o do ano passado, os empresários do comércio varejista de Minas Gerais começaram a se preparar para atender as demandas deste ano e o otimismo em relação ao aumento das vendas está crescendo principalmente para os setores de tecidos, vestuário e calçados. Pesquisa divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) apontou que 70,4% dessas empresas terão impactos positivos com a nova estação. Entre elas, 58,4% apostaram em resultados melhores do que os do mesmo período de 2017.
Para 62,6% dos entrevistados, a confiança em uma melhora das vendas está relacionada ao anúncio de que o frio será mais rigoroso. A estabilidade econômica é a principal causa do aumento do otimismo para 10,1% dos empresários ouvidos e, para 9,4%, a percepção de que o consumidor comprou mais durante os primeiros meses do ano, por exemplo, nas datas comemorativas, é motivo da expectativa positiva.
A analista de pesquisa da Fecomércio-MG, Elisa Castro, também atribui os resultados positivos do início do ano ao otimismo dos empresários que, segundo ela, vão apostar no que já desenvolveram até agora e trazem essa perspectiva positiva para uma nova oportunidade de vendas.
“Essa mudança de estação e de coleções traz oportunidades para o comércio. Muitos estabelecimentos se preparam para receber esse público com produtos específicos e sempre é uma alternativa para esse empresário se destacar e atrair o consumidor”, disse Elisa.
Estoques – A chegada da nova estação demanda que o empresário se prepare e traga novos produtos para as lojas. O levantamento mostrou que 43,9% dos empresários vão fazer mais pedidos aos fornecedores do que os realizados no ano passado. O estudo indicou também que 83,3% deles investiram em novos produtos e aproximadamente 69% dos entrevistados destinaram recursos para propaganda ou divulgação, enquanto 14,4% contrataram funcionários temporários para reforçar a equipe.
Além disso, 47,1% dos empresários notaram um acréscimo de cerca de 10% nos preços dos fornecedores e, segundo Castro, esse valor possivelmente vai ser repassado para o consumidor. “É preciso atenção dos consumidores para esses valores e uma preparação do comércio para saber como será repassada essa diferença de preços para os clientes”, destacou.
A chegada dos novos produtos cria a necessidade de espaço para o novo estoque e, com isso, 68,7% das lojas realizaram ou vão realizar ações para escoamento das coleções de primavera e verão. Para a analista de pesquisa da Fecomércio-MG, essa é uma oportunidade de compra para os consumidores. “São descontos de, em média, 40% nesses itens e isso se torna uma oportunidade para os clientes adquirirem os produtos do estoque antigo com um preço melhor”, explicou.
Fonte: Diário do Comércio de Minas