Frio impulsiona vendas do setor na Capital

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Apesar de o inverno começar oficialmente no dia 21 de junho, a queda das temperaturas em Belo Horizonte tem aquecido as vendas de roupas e calçados para o frio. Com o estoque de casacos e suéteres dos tamanhos pequenos e médios esgotado ainda no mês de maio, a loja de roupas femininas Mercado, na Savassi, está otimista com a estação. Segundo a analista de marketing da loja, Maria Raquel Brandão, os próximos meses devem trazer algumas novidades e, além das peças que já estão esgotadas, calças e outros itens devem ser alvo da demanda dos clientes.

 

“As pessoas não esperaram o frio para comprar neste ano, mas temos clientes que começam a procurar agora. A expectativa é vender os tamanhos restantes e que cheguem novos itens até o final de julho para atender a demanda”, afirmou Maria Raquel, que lembrou ainda que as datas comemorativas também colaboram para impulsionar as vendas. “Maio é um mês muito bom pelo Dia das Mães e, apesar de estarmos apreensivos com o efeito da Copa do Mundo nas vendas, o Dia dos Namorados também é uma data de grande movimento”, avaliou.

 

Especializada em moda masculina, a Brooksfield, localizada no shopping Pátio Savassi, também tem registrado aumento no volume de vendas com a variação do clima na Capital. O gerente da loja, Emerson de Oliveira, afirmou que a maior procura é por suéteres, coletes e camisas polo de manga longa, e que a expectativa é de um crescimento mínimo de 10% nas vendas até o final do inverno.

 

“Já estamos otimistas e, com a chegada do frio, esperamos esse aumento das vendas. Acredito que o maior crescimento vai ser a partir deste mês, no entanto, desde que disponibilizamos as peças de roupa para o frio, de acordo com o clima, elas já começaram a ser vendidas”, afirmou Oliveira.

 

A mudança de estação também impulsiona a procura por calçados específicos para o frio. Na Karita, localizada no Boulevard Shopping, o aumento da demanda também já começou e, entre os calçados femininos, as botas e os tênis são os principais produtos procurados pelos consumidores.

 

A gerente comercial Rose Maria Lopes, que prevê um crescimento de, pelo menos, 20% nas vendas até o final do inverno, explicou que as encomendas para estoque foram direcionadas para atender esse público. Rose Maria ressaltou que os artigos começaram a chegar no mês de fevereiro, com entrega maior após o Dia das Mães, e que novos produtos vão chegar à loja a cada semana até o final de junho.

 

O aumento no tíquete médio da loja durante a época de frio é o destaque na avaliação da gerente comercial. Segundo ela, para os calçados femininos, o valor passou de R$ 80,00 em abril, para R$ 130,00 em maio. “A tendência é de um aumento das vendas desses produtos durante o inverno. Como as botas são um produto com valor agregado maior, além da quantidade, cresce também o valor das vendas, então o tíquete médio aumenta”, explicou.

 

Sul de Minas - Com aproximadamente 100 expositores em Jacutinga, na 41ª edição, a Fest Malhas é considerada a maior feira de malhas e tricô da região. Realizado pela Associação Comercial, Industrial, Agropecuária de Jacutinga (Acija), em parceria com a Prefeitura Municipal de Jacutinga, o evento apurou uma redução de aproximadamente 70% no volume de vendas e de turistas esperados durante o primeiro fim de semana de atividades devido à greve dos caminhoneiros.

 

Apesar disso, ao longo do primeiro final de semana após o fim da paralisação nacional, cerca de 60 mil pessoas passaram pelo evento, e as temperaturas amenas nas regiões Sul e Sudeste de Minas mantêm a expectativa positiva para as vendas. “No feriado, já conseguimos atingir a normalidade no volume de vendas, que se manteve estável. As temperaturas caíram bastante e isso colabora para impulsionar as vendas”, afirmou o presidente da Acija, Dennys Bandeira.

 

Na tentativa de compensar a redução registrada nos primeiros dias da feira, a organização prorrogou o evento até o dia 17 de junho e a expectativa é tentar igualar os 200 mil visitantes da última edição e comercializar cerca de 5 milhões de peças. “A nossa intenção com a prorrogação é de recuperar e tentar manter pelo menos os mesmos índices do ano passado”, explicou Bandeira.

 

Fonte: Diário do Comércio de Minas


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