Após a paradeira vivenciada durante este primeiro semestre, gradualmente as negociações no mercado de reposição em Goiás ganharam ritmo nestas últimas semanas. Isso acontece devido à associação de dois fatores. Primeiro, em função da entressafra, pagamentos acima da referência para arroba do boi gordo começaram a se tornar referência no estado.
Segundo, não chove no estado desde meados de abril e com as pastagens sem condição de suporte, vendedores enfrentam impasses para barganhar os preços de seus rebanhos de reposição.
Com esta queda de braço menos intensa e as negociações fluindo é importante clarear o cenário da relação de troca para o pecuarista. No momento, a categoria mais procurada no estado é o boi magro (12@) e ampliando o horizonte da análise, quem fez a troca em janeiro encontrou patamares melhores que os atuais.
Na época, era possível comprar 1,26 animal com a venda de um boi gordo de 16,5@ e hoje compra-se 1,16. Isso quer dizer que de lá pra cá o pecuarista perdeu 7,5% de poder de compra.
Entretanto, desde maio último, o cenário está dando indícios de reversão. Na comparação mensal a troca com o boi magro melhorou 0,3%, e a tendência é que este comportamento ganhe impulso durante as próximas semanas.
Fonte: Scot Consultoria