A queda na produção de leite com a entressafra fez o preço do produto disparar para o consumidor. Além disso, o analista Alexandre Monteiro, de uma cooperativa no Paraná, lembra que os pecuaristas tiveram que descartar muito leite durante a greve dos caminhoneiros. E isso agravou os efeitos sobre os preços.
Em junho, o leite subiu em média 15,6% no país. A maior alta ocorreu em Belo Horizonte (23,5%). Em São Paulo, o aumento foi de 17,64%. No acumulado do ano, o produto está 28,15% mais caro no país, com destaque para Curitiba (38,55%), Belo Horizonte (37,50%) e São Paulo (36,35%).
Monteiro ressalta que a situação só deverá mudar a partir de setembro. “Ali para meados de setembro e outubro, quando a gente começa a ter as chuvas de volta, começa a ter a recomposição da pastagem e, consequentemente, você tem uma produção melhor e volume de leite maior”, disse à Rádio Bandeirantes.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, depois das intensas altas no atacado em junho, o ritmo de aumento diminuiu na primeira metade de julho. A elevação foi de 0,7%, frente à quinzena anterior. Já no varejo os preços subiram 2,2% no período.
O litro do leite está cotado, em média, em R$ 3,16 no atacado e R$ 3,72 no varejo em São Paulo. Apesar da maior concorrência pelo leite cru com a entressafra nas regiões central e sudeste do país, segundo a consultoria, a demanda interna continua enfraquecida, o que tem limitado as altas de preços dos lácteos. A expectativa para a segunda quinzena é de manutenção das cotações.
Fonte: Metro Jornal