Carrefour e Ricoy disputam Gimenes

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Os credores definirão nesta sexta-feira, a partir das 10:30, o destino da rede de supermercados Gimenes, de Sertãozinho, que entrou em recuperação judicial no final de 2008 e desde então está com suas 23 lojas fechadas.

 

A rede está sendo disputada por duas varejistas. Na última assembléia de credores, realizada na terça-feira passada, o Carrefour propôs pagar R$ 55 milhões à vista por 22 das 23 lojas Gimenes; já a rede Ricoy reforçou a proposta feita anteriormente de pagar R$ 80 milhões pelas 23 lojas, mas num prazo de oito anos.

 

"São propostas financeiramente equivalentes, mas o pagamento à vista, obviamente, é mais atraente", disse um credor. Segundo ele, no entanto, faltam esclarecer alguns detalhes para que o negócio seja concretizado. "Não sabemos o valor exato da dívida do Gimenes, que em 2008 passava dos R$ 100 milhões, nem quanto efetivamente vai sobrar para os credores", afirmou.

 

A gigante de origem francesa, com faturamento de R$ 22,5 bilhões em 2008, mostrou bastante interesse no negócio. O diretor financeiro e de gestão do Carrefour para o Brasil, Pedro Magalhães, passou a terça-feira toda em Sertãozinho para apresentar formalmente a proposta. E queria que ela fosse votada já naquele dia.

 

O Carrefour já anunciou um investimento de R$ 1 bilhão para abertura de 70 novas lojas neste ano, contemplando todas as bandeiras. Segundo a assessoria de imprensa, a rede não comenta as negociações pelo Gimenes.

 

A rede paulista Ricoy, com 60 lojas, estaria disposta a cobrir a proposta do Carrefour, segundo credores que participaram da assembléia. Mas como não houve consenso entre as partes, o administrador judicial decidiu suspender a assembléia e marcar outra para amanhã. "Se o Gimenes vale R$ 55 milhões mesmo com as lojas fechadas, quanto valeria com as lojas abertas?", questionou um credor da rede.

 

Fundado por Antônio Gimenes Filho em 1957, em Sertãozinho, o Gimenes é controlado, desde abril de 2006, pelo fundo Governança e Gestão Investimentos, liderada pelo economista Antônio Kandir. A rede, que tinha 1,1 mil fornecedores e atuação em 17 cidades da região de Ribeirão Preto, entrou em recuperação judicial no final de 2008 e, a partir de então, fechou as lojas e demitiu 2 mil funcionários.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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