Família Mendonça volta às origens com a Forno de Minas

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A família Mendonça vai investir R$ 55 milhões para voltar a vender os pães de queijo Forno de Minas, criados no início da década de 90 a partir da receita da matriarca, dona Maria Dalva Couto Mendonça. A Laticínios Condessa, empresa da família, adquiriu a marca e as instalações fabris da Forno de Minas, que atualmente estava em poder da General Mills, companhia norte-americana de alimentos que no mês passado anunciou o encerramento das atividades da unidade industrial e o fim das operações comerciais com a marca.

 

Além da retomada da Forno de Minas, que marcou o início das atividades empresariais dos Mendonça, a compra da marca e da fábrica pela Condessa também representa a recuperação de um ícone mineiro. Se o pão de queijo é um dos principais símbolos da cultura mineira, muito se deve ao quitute produzido pela Forno de Minas. Foi, em grande medida, por meio da empresa que os famosos pãezinhos romperam barreiras estaduais e se tornaram conhecidos também no exterior.

 

De acordo com informações do presidente da Condessa, Helder Mendonça, os investimentos anunciados estão sendo aplicados não apenas na aquisição da marca e da fábrica, localizada em Contagem, na Grande Belo Horizonte, como também se destinam ao reposicionamento da marca no mercado, ao desenvolvimento de novos produtos, ao aprimoramento da logística e reestruturação comercial. Uma empresa de consultoria será contratada para ajudar a estabelecer qual será o rumo da Forno de Minas.

 

A família quer dar foco total no negócio de pães e massas, tanto que está modificando a localização de seus escritórios de Belo Horizonte para Contagem e também venderá participações em outros negócios, como shopping centers e parquímetro.

 

A idéia é reiniciar a produção da Forno de Minas o quanto antes, por isso a empresa já iniciou a contratação de pessoal. Inicialmente a fábrica vai operar com cerca de 350 empregados, muitos dos quais provavelmente foram demitidos pela General Mills quando a empresa fechou a unidade. Na ocasião 500 pessoas trabalhavam ali. Na retomada da produção, a linha de produtos contará, além do pão de queijo, com pão de batata recheado, produtos folheados, mini tortas salgadas, massas frescas e recheadas, conforme o portfólio já desenvolvido pela companhia norte-americana.

 

Há cerca de um ano a fábrica havia recebido investimentos de US$ 4,4 milhões para criar uma linha de produção de massas frescas, uma vez que a General Mills também comercializava a marca Frescarini, operação que também foi interrompida.

 

De acordo com a empresa, a previsão para este ano é de uma produção de 17 mil toneladas em pão de queijo e massas. O faturamento estimado é de cerca de R$110 milhões. A meta do empresário é obter um crescimento de aproximadamente 25% em dois anos, para uma receita de R$150 milhões em 2011. Além do mercado interno, a Forno de Minas exporta para Estados Unidos, União Européia e Israel.

 

A Forno de Minas foi vendida à norte-americana Pillsbury Company em 1996. Em 2001 a General Mills adquiriu a concorrente conterrânea e entrou no País. No mês passado, a empresa anunciou a reestruturação dos seus negócios do Brasil, para se concentrar nas atividades que apresentam crescimento mais rápido, o que inclui a linha de sorvetes Häagen-Dazs e as barras de cereais Nature Valley.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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