As perdas com contratos de derivativos feitos pela subsidiária brasileira da Ajinomoto continuam causando prejuízo ao grupo japonês. Ontem, em Tóquio, a empresa anunciou os resultados do ano fiscal terminado em 31 de março. Dentre os números divulgados está um prejuízo não operacional (vindo de operações que não têm a ver com a produção e comercialização dos produtos feitos pela empresa) de 14,9 bilhões de ienes - ou US$ 156,2 milhões.
Com isso, segundo o relatório da matriz, a Ajinomoto viu suas perdas crescerem em 10 bilhões de ienes em um ano, passando dos 4,7 bilhões de ienes registrados no exercício anterior para o montante atual.
Essas perdas, conforme explica a empresa em seu relatório, são fruto principalmente dos prejuízos obtidos com operações cambiais realizadas pela subsidiária brasileira.
Em janeiro, a matriz japonesa havia anunciado que a divisão brasileira acumulara 6 bilhões de ienes em perdas com hedge e 4 bilhões com dívidas em moeda estrangeira. Para piorar, a crise financeira que desvalorizou moedas em vários países também ajudou, de acordo com o documento, a aumentar as perdas da companhia de alimentos.
No período, a Ajinomoto acumulou vendas líquidas 2,2% menores (26,2 bilhões de ienes). Houve queda de 32% no lucro operacional, que totalizou em 40,8 bilhões de ienes. Durante o ano, a Ajinomoto atingiu 10,2 bilhões de ienes em perdas líquidas.
Procurada, a divisão brasileira da Ajinomoto não pôde se pronunciar sobre o assunto.
Veículo: Valor Econômico