Brasil e Paraguai anunciaram nesta terça-feira (9) que vão reforçar a vigilância sanitária na fronteira para proteger a produção de gado e de soja, duas das principais atividades econômicas dos dois países.
O acordo, que ainda precisa ter sinal verde das áreas jurídicas dos dois governos, prevê a criação de unidades regionais de vigilância sanitária dos dois lados da fronteira, além de estabelecer vínculos entre os responsáveis pelas áreas de controle.
As medidas foram anunciadas após uma reunião da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, com representantes do governo do Paraguai, em Assunção. O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, também esteve presente no encontro.
A estratégia faz parte do plano hemisférico de erradicação da febre aftosa e também inclui o registro de produtores e da população bovina que vive em um raio de 15 km da fronteira. Além disso, os dois governos lançarão um projeto de controle integrado da movimentação dos rebanhos, que deverá ser atualizado a cada quatro meses.
A ministra Tereza Cristina propôs a participação de outros países da região em um banco de vacinas contra a febre aftosa que está sendo criado pelo Brasil.
As autoridades dos dois países também decidiram realizar encontros bilaterais a cada quatro meses para avaliar as medidas de vigilância adotadas hoje.
Soja
Quanto à soja, os dois países devem assinar em agosto um acordo sobre a "troca de ações sobre o registro de pesticidas".
Durante a reunião técnica, a delegação brasileira foi recebida pelo presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, no Palácio do Governo. Azambuja aproveitou o encontro para destacar a contribuição que a construção de duas novas pontes na fronteira trará ao comércio bilateral.
"Essas obras ampliarão nossos mercados e farão com que Mato Grosso do Sul possa ter acesso ao Pacífico cruzando o Paraguai", disse o governador.
Uma delas conectará a cidade de Carmelo Peralta, no território paraguaio, a Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul.
Fonte: G1 - Agro