De São Paulo
Sustentado pela valorização da cana, o IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), encerrou maio com variação positiva de 3,38%. Foi a quinta alta mensal consecutiva do indicador, que em 2009 ainda não recuou.
É flagrante a influência da cana, carro-chefe do agronegócio paulista, no comportamento do indicador. Em maio, o produto subiu 7,12% em relação a abril, e passou a acumular ganho de 17,34% na comparação com maio de 2008. Não fosse pela cana, o IqPR teria subido apenas 0,79% no mês passado, e a variação do indicador em 12 meses, positiva em 4,34%, seria negativa em 4,42%.
"Os preços da cana-de-açúcar apresentaram ganhos em função do aumento dos preços internacionais do açúcar e consequente incremento das exportações de açúcar, fato proporcionado pela quebra de safra em grandes produtores mundiais", afirma análise do IEA.
Nos cálculos do IEA, a cana é um dos 12 itens que compõem o grupo de produtos de origem vegetal. Este subiu 4,77% em maio e passou a apresentar valorização de 4,94% em 12 meses. No grupo, também subiram no mês feijão (18,74%, por conta da recente estiagem na região Sul), milho (6,42%), soja (6,17%), laranja para mesa (5,31%), algodão (5,26%), trigo (1,03%) e banana nanica (0,76%). Caíram os preços pagos por amendoim, arroz, café e tomate para mesa.
No grupo de produtos de origem animal - que caiu, em média, 0,05% em maio, os destaques foram os recuos da carne suína (12,86%) e dos ovos (4,77%). Subiram leite C (6,85%), leite B (2,96%) e carne bovina (0,85%), enquanto a carne de frango não variou.
Veículo: Valor Econômico