Apesar de sofrer os efeitos da crise, a Embaré, uma das principais empresas do setor de laticínios no País, continua apostando na exportação para ampliar seu faturamento em 12% em 2009. De acordo com o diretor superintendente da companhia, Haroldo Antunes, a expectativa é vender R$ 560 milhões este ano, contra os R$ 500 milhões de 2008.
Além de leite em pó, a empresa produz caramelos de leite, chocolate, recheados e de frutas que são exportados há mais de 15 anos para a Ásia e América do Norte.
"A exportação já representa 50% do consumo de caramelos e balas. A crise não parou a empresa. A média anual de crescimento dos últimos 14 anos é de 18,5%. Esperamos crescer nesse ano, 20% em tonelagem produzida em relação a 2008. No ano passado crescemos 4,6% em relação a 2007. Nós estávamos produzindo a capacidade máxima. Não tinha mais como aumentar a produção. Por isso investimos na ampliação do nosso parque industrial", completou.
O leite condensado tem maior chance de ser exportado, segundo o executivo. "A concorrência internacional não é grande. Já exportamos para a Venezuela, República Dominicana e para os Estados Unidos. A Europa não consome esse produto, porém é difícil ampliar as vendas no mercado internacional, principalmente nos Estados Unidos, devido aos altos subsídios", completou
Para o executivo, o crescimento só é possível porque a empresa ampliou sua capacidade de produção no ano passado, com a expansão da fábrica em Lagoa da Prata, Minas Gerais. O projeto expandiu a capacidade da Embaré de 2,9 mil toneladas de leite em pó por mês para 5,1 mil toneladas mensais.
O investimento de R$ 65 milhões incluiu a ampliação do prédio da fábrica, dos laboratórios, aquisição e instalação dos equipamentos para produzir 600 mil litros de leite por dia. Até então, a empresa já produzia 2,9 mil toneladas de leite em pó por mês. Mas a empresa só está produzindo 3,5 mil toneladas por mês. "A nossa produção pode aumentar, mas depende da resposta do mercado", afirmou Antunes.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ