Café da manhã está mais caro na mesa do gaúcho

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Produtos da primeira refeição do dia sobem quatro vezes acima da inflação médiaDesde o início do ano, o preço da maior parte dos produtos que compõem o café da manhã do gaúcho está subindo. Entre os reajustes que mais pesaram no bolso estão o açúcar refinado e o leite longa vida, que, de janeiro a maio, tiveram alta de 14,11% e 34,73%, respectivamente, em Porto Alegre.

 

Esses dois produtos estão entre os que mais puxaram o aumento de 3,41% nos primeiros cinco meses do ano do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que mede a variação do custo de vida e é monitorado semanalmente pela Fundação Getulio Vargas. Zero Hora escolheu nove produtos (confira quadro) para radiografar o impacto sobre o café da manhã. Se calculada a inflação só nesse grupo, o aumento no ano – de 9 de janeiro a 22 de maio – supera em quase quatro vezes o índice geral: chega a 13,08%.

 

Oito produtos tiveram reajuste de preço e apenas um, o mamão comum, caiu. Conforme Claiton Colvelo, encarregado da análise e informação da Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa), o mamão teve deflação por uma questão cultural.
– Conversando com fornecedores, identificamos que todo ano, com o início do inverno, durante as três, quatro primeiras semanas de frio, cai drasticamente o consumo de mamão, o que reflete diretamente no preço. Depois, o consumo retorna aos patamares normais – explica Colvelo.

 

Redução de tributo pode manter preço do pãozinho

 

Medidas previstas para serem anunciadas na segunda-feira poderão dar um alívio ao consumidor. O governo federal deverá prorrogar por mais 18 meses a isenção de PIS e Cofins incidente sobre a venda de trigo, farinha de trigo e pão francês. Sem isso, a previsão de Arildo Oliveira, presidente do Sindicato da Indústria da Panificação, Confeitaria, Massas e Biscoitos, era de que o pãozinho subisse até 10%.

 

Além disso, o leite deve manter o título de vilão da vez por mais algum tempo. Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado, afirma que o preço permanecerá elevado pelo menos até julho. Com o fim da entressafra a partir de agosto e a recomposição das pastagens, o valor tende a cair.

 

Veículo: Zero Hora - RS


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