As petroquímicas brasileiras Braskem e Quattor promoveram mais um reajuste nos preços das resinas termoplásticas negociadas no Brasil. As novas cotações, válidas desde ontem, apresentam aumento médio de 10% em relação aos valores praticados no mês passado, informou a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief).
Este é o segundo reajuste mensal consecutivo anunciado pelas petroquímicas. O primeiro, ocorrido em julho, foi de cerca de 10% em média e incluiu matérias-primas como polipropileno e polietilenos, utilizados por diversos setores da indústria nacional.
Caso o novo reajuste seja aplicado integralmente, o aumento nos preços das resinas desde o início do mês passado será de aproximadamente 22% em média, em linha com as variações registradas no mercado internacional. "Vemos esse aumento com preocupação. Observamos uma ainda leve recuperação do mercado brasileiro, por isso enfrentamos dificuldades para absorver esses reajustes", afirmou o presidente da Abief, Alfredo Schmitt.
De acordo com o executivo, há uma percepção de que o segmento de embalagens flexíveis apresentou um crescimento de 1% a 2% desde março. Entre os mercados que apresentam recuperação na demanda por itens plásticos estão as indústrias alimentícia e automobilística.
Como essa melhoria ainda é discreta, Schmitt se reuniu na semana passada com representantes das petroquímicas para discutir a preocupação da entidade em relação aos reajustes. "Eles entendem nosso pleito, mas por outro lado dizem que a regra do mercado é que determina os preços", completou.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ