O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, esteve no Rio de Janeiro para o lançamento da campanha "Saco é um Saco", iniciativa que tem como um dos objetivos reduzir o uso de casos plásticos. Os supermercados do Rio de Janeiro terão de seis meses a três anos para se adequarem a lei estadual 5.502, sancionada mês passado pelo governador Sérgio Cabral, que determina a substituição das sacolas plásticas usadas para empacotar mercadorias por sacolas retornáveis, de pano ou de fibras.
"Queremos fazer com o saco plástico o que a indústria (do alumínio) fez com as latinhas. O circuito da latinha está completamente organizado: Você está tomando uma cerveja na praia e chega uma pessoa te pede para guardá-la. A latinha nem chega ao chão. Por isso, estamos lançando essa campanha com várias redes de supermercado, tendo o desconto como incentivo inicial para o cliente", afirmou Minc.
A lei diz que os supermercados devem oferecer desconto para quem não usar as sacolas plásticas. Cada cinco itens que forem comprados no supermercado e que forem levados para casa sem o uso dos sacos plásticos valerá um desconto de R$ 0,03. Ou seja, basta que a pessoa leve a sua sacola reciclável para poupar. Além disso, os clientes podem trocar 50 sacos plásticos por um quilo de arroz ou de feijão. Segundo Minc, no fim do mês será feita uma reunião com integrantes da indústria da reciclagem de plástico para que elas ajudem a dar um fim ao material coletado nos supermercados.
A substituição será gradativa, de acordo com o tamanho da rede. As maiores terão até seis meses e as menores até três anos para se adequarem às novas regras. O superintendente executivo da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Sérgio Maturo, disse que representantes do setor devem se reunir ainda este mês com integrantes da Secretaria de Meio Ambiente para tratar dos prazos.
Segundo a secretária Estadual de Meio Ambiente, Marilene Ramos, o Rio de Janeiro saiu à frente no tema com a lei estadual. O local do lançamento da campanha "Saco é um Saco" foi às margens da eco barreira do Canal do Cunha, no complexo de favelas da Maré (zona norte do Rio), construída para impedir que o lixo lançado no rio chegue à baía de Guanabara. Atualmente, o Estado tem oito eco barreiras e, juntas, chegam a reter quase quatro toneladas de garrafas pet e mais três toneladas de plástico.
Veículo - Repórter Diário