A DHL Express, empresa de transporte expresso e logística, espera elevar o faturamento no Brasil em 20% esse ano, segundo a diretora de marketing da companhia, Juliana Vasconcelos. Ela não revelou o faturamento da DHL Express no País, mas a expansão prevista é dez vezes superior à registrada na primeira metade do ano pela empresa na região das Américas, cuja receita somou 1,908 bilhão de euros. "O mercado de frete doméstico está com demanda crescente, reflexo da macroeconomia", disse.
Para suportar o crescimento, Juliana informou que a DHL Express fará o maior investimento anual desde a instalação da empresa no Brasil, em 1978. Ela não abriu o montante, que englobará aumento da frota de veículos de 200 para 270, contratação de 200 pessoas - totalizando 950 -, abertura de lojas e ampliação de Centros de Distribuição (CD).
No Rio de Janeiro, a transferência do CD da região portuária para São Cristóvão triplicou capacidade de processamento da empresa para 100 mil remessas mensais.
Quatro novas lojas. A DHL acaba de abrir quatro lojas próprias, nas regiões de Alphaville, na Grande São Paulo, Campinas, na capital paulista, Brasília, no Distrito Federal, e em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, além de ter inaugurado balcão de atendimento no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo.
A empresa está presente nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Pará, do Paraná, do Rio de Janeiro e de Santa Catarina. Segundo a diretora, mais lojas próprias poderão ser abertas até o final do ano.
"Queremos maior acessibilidade à DHL Express. Ainda há oportunidades na cidade do Rio de Janeiro e também no Sul e Sudeste", disse. A companhia pretende, ainda, aumentar o número de prestadores de serviços, hoje no total de 24 espalhados pelo Brasil.
Outra aposta da DHLé no comércio eletrônico, cujo crescimento anual no Brasil tem sido da ordem de 40%. A atuação da empresa junto ao e-commerce ganhou força esse ano e a expansão, segundo Juliana, acompanha a do mercado.
A DHL tem cerca de dez mil clientes no Brasil e, de acordo com a diretora da companhia, é líder no frete internacional de mercadorias, que representa metade das entregas da empresa. Essa área tem sido impactada pela perda de competitividade das companhias brasileiras no mercado externo devido à valorização do real em relação ao dólar.
De olho em reduzir o custo do frete dessas empresas, a DHL Express deve lançar até dezembro o serviço econômico para entrega de cargas pesadas, de até mil quilos.
No mercado doméstico, dominado pelos Correios, a companhia igualmente tem apostado em novos produtos, como a entrega com hora marcada: em até 12 horas, sob pena de o preço do frete ser devolvido.
Segundo Juliana, o Brasil é hoje o terceiro país mais importante para a DHL Express nas Américas, atrás do Canadá e do México. Mas, segundo ela, há expectativa de o Brasil superar o México. "A empresa está olhando investimento maior no Brasil para os próximos anos para alavancar as operações", disse.
Manufaturados. A maioria das mercadorias transportadas pela DHL Express no Brasil são de produtos manufaturados, oriundos dos setores automotivo, telecom, têxtil e calçadista. No País, o transporte é feito por rodovias ou aviões.
Em outros lugares do mundo, a DHL Express tem aeronaves próprias e, segundo Juliana, ter frota aérea no Brasil é possibilidade a ser considerada.
Fundada há quase quarenta anos em São Francisco, nos Estados Unidos, a DHL Express atende a mais de 220 países e emprega 300 mil pessoas.
Neste primeiro semestre, a DHL Express registrou receita de 6,880 bilhões de euros. Deste total, 3,380 bilhões de euros vieram da Europa, 1,908 bilhão de euros das Américas e 554 milhões de euros da Europa Ocidental, Oriente Médio e África.
Outros operações contribuíram negativamente com 267 milhões de euros. Com exceção das Américas, onde é terceira colocada, com 13% de share, a empresa é líder de mercado. A DHL é do Deutsche Post World Net, grupo que faturou mais de 63 bilhões de euros em 2007.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ