A substituição da matriz energética das caldeiras, que antes utilizava óleo pesado e agora opera com gás natural, e a redução de 30 para três o número de compressores de ar comprimido, com equipamentos mais eficientes, deve ajudar a fábrica da Johnson&Johnson a atingir a meta de redução de 21% em suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera ainda este ano. A previsão é que o percentual de CO2 caia para 3,3 mil toneladas por ano.
"Com as mudanças feitas no complexo de São José, vamos superar a meta do nosso programa, que previa redução de 7% na emissão de carbono até 2010", afirma o gerente de Utilidades e Serviços da empresa, Alex Francisco Gomes.
A empresa, segundo ele, investiu US$ 2 milhões na construção de uma central de utilidades, que abriga a nova caldeira e três compressores de grande porte. Antes a empresa tinha seis centrais de ar distribuídas em todo o complexo e agora tudo está centralizado em um único prédio.
As metas ambientais da unidade da companhia no Brasil, de acordo com Gomes, também incluem uma redução de 10% no consumo de água e de 10% na geração de resíduos gerados pelas três unidades que compõem o complexo de São José dos Campos. "A empresa tem investido muito no processo de produção limpa e recicla 80% dos resíduos gerados pela produção, algo em torno de oito mil toneladas ano", informa o executivo.
Entre os resíduos reciclados estão o plástico, papelão, frascos de shampoo, caixa de fio dental, madeira, resíduos de absorventes higiênicos e polpa de celulose. Parte desse volume, segundo Gomes, é doada para a Fazenda Esperança, em Guaratinguetá, que cuida da recuperação de dependentes químicos. "Fornecemos resíduos de cotonete e de escova de dentes para a Fazenda Esperança, que converte esse material em madeira plástica, utilizada na fabricação de telhados, quiosques e cochos para alimentação de animais."
Veículo: Valor Econômico