Quem pretende comprar um computador pode começar a pensar se vale a pena juntar a grana para fazer o investimento já neste ano. Notebooks e desktops podem ficar mais caros em 2010 se o governo não estender a isenção do PIS/Cofins sobre máquinas de até R$ 4.000, que termina no final deste ano.
O incentivo foi introduzido em 2005, com a chamada Lei do Bem, que prevê incentivos fiscais a empresas de tecnologia com o objetivo de promover a inclusão digital da população brasileira.
Para ajudar o consumidor na escolha, o Agora traz hoje, em sua edição impressa, uma seleção de 20 computadores. Os preços partem de R$ 799, para um desktop da Positivo nas Casas Bahia, e R$ 1.398, para um notebook da CCE, no Wal-Mart. Na maioria das ofertas, o valor do produto pode ser parcelado em até dez ou 12 vezes no cartão de crédito, sem juros.
De acordo com Antônio Hugo Valério, diretor da área de informática da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), os computadores ficaram cerca de 10% mais baratos com o incentivo. Com o retorno do PIS/Cofins, a Abinee prevê um "grande impacto" no setor devido à possível diminuição das vendas.
"Com o incentivo, o preço do computador coube no bolso do consumidor. [Se a isenção não for estendida] é capaz de voltarmos aos patamares de 2004, quando foram produzidas 4 milhões de máquinas."
Segundo Valério, no ano passado, a indústria produziu cerca de 10 milhões de unidades, número que poderá ser repetido neste ano. "Estamos sentindo a recuperação do setor, que foi muito afetado pela crise econômica", afirma.
A Abinee já enviou ao governo o pedido de renovação do incentivo. A última reunião foi feita na semana passada, quando o presidente da Abinee, Humberto Barbato, reforçou o pedido ao assessor especial da Presidência da República, Cezar Alvarez.
Segundo a associação, porém, nada está definido. "O governo tem de ter a consciência de que precisa privilegiar o consumidor. Não podemos esquecer os programas de democratização digital", diz Hugo Valério.
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Veículo: Agora S.Paulo