A partir de novembro, os preços dos eletrodomésticos da linha branca (geladeira, fogão, máquina de lavar e tanquinho) devem sofrer uma alta média de 10%, segundo estimam representantes do setor. Esses itens foram beneficiados com a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cujo prazo se encerra no próximo dia 31.
A indústria negocia com o Governo uma prorrogação do desconto, mas a Casa Civil e o Ministério da Fazenda informaram que o assunto não está em discussão. Na semana passada, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, se reuniu com o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, que apoia a extensão do prazo de IPI reduzido. No encontro, Kiçula apresentou duas propostas: prorrogação do benefício até janeiro de 2010 ou a manutenção definitiva das atuais alíquotas.
Segundo dados da Eletros, a produção de eletrodomésticos cresceu 20% entre maio e setembro deste ano. O temor é que, com o fim da redução do IPI, os preços subam e esfriem o mercado. A indústria afirma que
não terá como segurar a alta do imposto e que o repassará aos fornecedores nas encomendas feitas após o dia 31 de outubro.
Enquanto o impasse permanece, as lojas aproveitam a proximidade do fim do IPI reduzido para reforçar as vendas.
Todas anunciam o preço antigo dos produtos e o novo para que o consumidor saiba quanto está economizando na aquisição. Uma geladeira Consul com dispenser de água, por exemplo, que custava R$ 1.799 pode ser adquirida por R$ 1.399 com o benefício. Já uma máquina de lavar Brastemp de 9 quilos que era vendida por R$ 1.299 está nas lojas por R$ 1.099, pelo menos, até o fim do mês.
Veículo: Diário de S.Paulo