Carrefour nega que vá sair do Brasil

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Claudia Facchini, de São Paulo
 

Depois de uma semana tumultuada, a matriz do Carrefour em Paris veio ontem a público dizer que nega a intenção de vender seus negócios no Brasil ou na China, reforçando que esses são alvos prioritários. "O Carrefour não está habituado a comentar rumores, mas, devido à sua recorrência, o grupo nega a venda de seus negócios em mercados emergentes", informou a multinacional francesa, em comunicado à imprensa.

 

Na Argentina, o alvo nesta semana foi o grupo francês Casino. O jornal "La Nación" publicou ontem que a empresa quer vender a cadeia de pequenos supermercados Leader Price, que possui 26 lojas em Buenos Aires. Segundo o jornal, o Casino não pretende se desfazer dos hipermercados Libertad, seu maior negócio na Argentina.

 

Na semana passada, o jornal "Le Monde" divulgou, sem mencionar fontes, que os dois maiores acionistas do Carrefour, o magnata Bernard Arnault e o fundo Colony, estão fazendo pressões para que a empresa venda as operações em países como o Brasil e a China.

 

Segundo a Bloomberg, o jornal voltou ontem à carga ao publicar que o Carrefour espera receber pelo menos duas ofertas pelas operações na América Latina, sugerindo que já há negociações em curso. Diante da dimensão tomada pelos rumores, a administração do Carrefour decidiu sair do silêncio. "A atual estratégia do Carrefour foi inteiramente aprovada por seu conselho de administração. As diretrizes apresentadas em março deste ano permanecem as mesmas. As prioridades geográficas do grupo são a França e os outros três países integrantes do chamado G4 - Bélgica, Espanha e Itália - e, no médio e longo prazos, os mercados emergentes, particularmente Brasil e China", diz o comunicado.

 

Ao negar os rumores, a gestão do grupo no Brasil pôde respirar mais aliviada. O escritório brasileiro respondera que não havia nenhuma alteração nos investimento no país, mas, até que a matriz dissesse o contrário, analistas já vinham traçando cenários que levavam em conta a eventual saída da varejista.

 

Veículo: Valor Econômico


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