Sondagem aponta para recuperação, mas não garante resultado positivo

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Sondagem realizada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) com empresários demonstra uma pequena recuperação na atividade do setor, sustentada pelo mercado interno. Dados referentes à redução de estoques e aumento dos pedidos e do nível de emprego, apontados pelos entrevistados, confirmam o otimismo.

 

Das empresas consultadas, 73% afirmaram que ainda sentiram os efeitos da crise internacional em setembro. Este foi o menor percentual registrado desde o início da pesquisa, em dezembro do ano passado. Em agosto, o índice foi de 82%. Melhorou, também, a previsibilidade do mercado. Para 76% das empresas pesquisadas, os pedidos foram mantidos. No mês passado, esse percentual foi de 70%. Já com relação ao cancelamento de encomendas, o percentual passou de 11%, em agosto, para 3%, em setembro.

 

As empresas que afirmam que os estoques estão dentro da normalidade passou de 57% para 67%. E as que afirmam que está acima do normal caiu de 21% para 12%. Quanto ao nível de emprego, a sondagem mostra tendência de crescimento em setembro em relação a agosto, com 25% das empresas entrevistadas indicando incremento e 61% apontando estabilidade.

 

Os indicadores de encomendas também mostraram melhora. Para 59% das empresas, o número de pedidos aumentou. Em agosto, eram 49%. Já os que afirmam que os pedidos diminuíram recuaram de 30%, em agosto, para 19% em setembro.

 

Segundo Luiz Cezar Rochel, gerente do departamento de Economia da Abinee, apesar dos avanços, a situação ainda não é confortável e o ano vai fechar no negativo. "Foram feitos muitos investimentos em 2008. Mas, com a crise, criou-se uma grande ociosidade, que só agora está sendo reduzida", explica. Para ele, 2009 ainda vai fechar negativo e a recuperação deve acontecer apenas no próximo ano, atrelado ao desempenho positivo da economia brasileira. "É consenso entre os economistas que o PIB deva crescer entre 4% e 4,5%, o que projetará um bom desempenho para o setor."

 

Rochel não acredita que haja um excesso de otimismo em relação ao Brasil. "O País desenvolveu uma série de mecanismos que manteve a saúde da economia durante a crise", afirma. "No entanto, o aumento dos gastos do governo está fora de controle e pode gerar efeitos colaterais negativos", alerta o economista da Abinee.

 

Veículo: DCI


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