Brasileiro cria ação e triplica venda da Sony

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A pressão pelo aumento das vendas de aparelhos de celular na indústria brasileira, há cerca de dois anos, fez com que o responsável pela área de produtos da Sony Ericsson do Brasil, Everton Caliman, pensasse em uma estratégia para alavancar as vendas de aparelhos móveis para o período do Dia das Crianças até o Natal - a personalização de aparelhos com personagens infantis.

 

A estratégia para o público infantil, que até então não havia sido explorada por nenhuma fabricante no País, deu certo, e fez com que os aparelhos - estampados, em 2007, com os personagens da Barbie e HotWheels, vendessem três vezes mais do que havia sido planejado pela fabricante. "Identificamos a oportunidade de desenvolver produtos para o público infantil através de uma pesquisa de mercado que realizamos", explicou Caliman.

 

A ideia, genuinamente brasileira, e que rende resultados positivos à filial nacional até hoje, foi exportada para outras unidades da Sony Ericsson no mundo, e resultou, inclusive, em um prêmio à Sony Ericsson do Brasil. "Depois da nossa ação, três grandes fabricantes fizeram projetos especiais pra crianças", revela o executivo.

 

Calman explica que a estratégia foi recebida positivamente pela matriz, pois os modelos de aparelhos da fabricante são globais, ou seja, nenhum foi desenvolvido exclusivamente para o mercado brasileiro. Diante deste cenário, a equipe de marketing do País analisou qual aparelho já existente nas prateleiras brasileiras poderia ser modificado e "transformado" em um novo produto, de forma a não causar problemas com a matriz. "Na época, escolhemos o V320 porque achamos que ele tinha um gancho legal pra transformar ele em um novo produto. Ele tinha uma capinha que podia ser trocada, era um produto que já vendia bem e tinha um preço acessível", explicou.

 

Este ano, a empresa volta com a estratégia para as vendas de outubro a dezembro, com o lançamento focado no aparelho com desenhos da personagem Helokit, que não terá exclusividade para operadoras ou redes de varejo. O celular estampado com a personagem da Helokit, lançado no fim do mês de setembro, é a grande aposta da fabricante, que já vê este segundo semestre do ano como um período positivo pela empresa. "Já fechamos com todas as operadoras para as vendas até dezembro. A demanda foi acima das nossas expectativas o que é bom", comemora Caliman.

 

As fábricas da Sony Ericsson no Brasil são terceirizadas, com atividades em Indaiatuba e Sorocaba, ambas cidades do interior de São Paulo.

 

Oregon

 

Encontrar produtos diferenciados para o público também atraiu a Oregon Scientific do Brasil, gigante de produtos eletrônicos para o público infantil, com sede em Hong Kong, que também está otimista com as vendas de outubro a dezembro deste ano - que tendem a ser melhores do que no ano passado. "Cerca de 80% das vendas de brinquedos acontecem no período", diz Tatiane Ramos, diretora geral da Oregon do Brasil.

 

A executiva conta que a 100% da linha de brinquedos tem algum componente eletrônico, sendo que a grande aposta são os notebooks personalizados com personagens infantis. "São produtos desenvolvidos para especialmente para crianças, com atividades educativas. A idéia é de que o brinquedo seja parecido com o laptop da mãe ou do pai", revela ela.

 

Tatiane argumenta que a empresa está com boas expectativas de vendas até o Natal, e diz que já fechou contrato com as principais varejistas do País , como Magazine Luiza e Pernambucanas.

 

O brasileiro Everton Caliman resolveu personalizar aparelhos celulares com personagens infantis, na Sony Ericsson, do período do Dia da Criança até o Natal. A estratégia, criada há dois anos e até aquele momento não adotada por nenhuma fabricante no País, fez com que os aparelhos - estampados com personagens da Barbie e de HotWheels -, vendessem três vezes mais do que havia sido planejado pela fabricante.

 

A ideia foi exportada a outras unidades da Sony Ericsson no mundo e resultou em um prêmio à Sony Ericsson do Brasil.

 

As vendas cresceram também este ano no Dia da Criança, que teve movimento geral acima das estimativas - os shopping centers registraram vendas 10% maiores este ano, contra uma previsão de aquecimento de 6%, feita pela associação do setor. Julio Cesar Alloe, superintendente do Shopping Butantã, afirma que as vendas cresceram 12%. No Shopping Interlagos, o aumento foi de 8% no faturamento, enquanto no Central Plaza Shopping as vendas superaram em 10% as do ano passado.

 

Também na região da Rua 25 de Março, de comércio popular, o movimento foi intenso. Ondamar Ferreira, gerente da rede Armarinhos Fernando, disse que "mesmo com a crise, as vendas cresceram 5%".

 

Veículo: DCI


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