A Lojas Americanas anunciou que pretende abrir 400 novas lojas no Brasil, até 2013, com o programa "Sempre Mais Brasil" (hoje são 470 pontos de vendas). Para viabilizar seu projeto de expansão, a companhia B2W, dona da Americanas, irá investir R$ 1 bilhão nos próximos quatro anos. O otimismo deve-se ao lucro da empresa, que quintuplicou, passando de R$ 6,7 milhões no terceiro trimestre do ano passado para R$ 36,5 milhões no mesmo período de 2009.
Segundo a companhia, em oito anos (2000 a 2008), seu número de lojas aumentou cinco vezes. A receita bruta cresceu seis e a geração de caixa operacional medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 120 vezes, "o que demonstra solidez na estratégia de crescimento e reforça as oportunidades existentes no país".
Segundo informações divulgadas pela empresa, o Ebitda totalizou R$ 221,6 milhões entre julho e setembro, cerca de 10% mais que os R$ 201,8 milhões registrados em igual intervalo de 2008. A receita líquida consolidada da companhia somou R$ 2,006 bilhões no trimestre, com alta de 20,5% frente à receita verificada um ano antes. Dessa forma, a margem Ebitda consolidada no terceiro trimestre ficou em 11%, ante 12,1% um ano antes, queda de 1 ponto percentual.
Considerando-se apenas a controladora, a receita líquida foi de R$ 1,033 bilhão, comparada a R$ 891 milhões um ano antes. No conceito "mesmo número de lojas", o crescimento da receita líquida do terceiro trimestre de 2009 em relação ao mesmo intervalo de 2008 foi de 8%.
A companhia informou, ainda, que o seu programa de investimentos é totalmente baseado em modelo de estudos que considera dados macroeconômicos.
Vendas
A B2W, empresa resultante da fusão entre Americanas.com e Submarino.com, anunciou lucro líquido de R$ 13,48 milhões no terceiro trimestre, ante ganho de R$ 21,8 milhões um ano antes. O Ebitda totalizou R$ 111 milhões entre julho e setembro, 2% superior ao registrado no mesmo intervalo de 2008. A margem passou de 13,8 para 11,1%.
Conforme a companhia, líder em comércio eletrônico no País, as vendas no trimestre totalizaram R$ 1,3 bilhão, com alta de 15% sobre o mesmo período do ano passado. A B2W credita esse crescimento à maior agressividade comercial, o que gerou aumento de 38% na quantidade de pedidos vendidos, decorrentes do aumento de visitação, conversão e entrada de novos clientes.
A receita líquida no terceiro trimestre foi de R$ 999 milhões, com crescimento de 26% frente aos R$ 794 milhões registrados um ano antes. A B2W informa ainda que seu ciclo de caixa no terceiro trimestre foi de 80 dias (sem considerar efeitos de substituição tributária), com ganho de 23 dias ante o mesmo intervalo de 2008.
Mais próxima
Em entrevista ao DCI, Cláudio Felizoni, professor e coordenador do Programa de Administração do Varejo (Provar) atribuiu o crescimento da Americanas principalmente à estratégia da empresa de se manter próxima ao consumidor e oferecer preços atraentes para um mix diversificado de produtos. "Outro fator relevante para a empresa fazer projeto de crescimento nestas proporções é a grande possibilidade que o mercado de consumo oferece hoje no Brasil. No comércio eletrônico [e-commerce], mercado que cresce em média 50% ao ano, eles são pioneiros e um dos principais distribuidores de mercadorias."
C&A
A C&A, uma das maiores do varejo de roupas, com 170 lojas e presente em mais de 60 cidades do País, aposta na força do e-commerce, e lança a partir de hoje, até o dia 19, a pré-venda de sua nova coleção infantil assinada pela estilista carioca Isabela Capeto.
Veículo: DCI