O volume de vendas de produtos comercializados nos supermercados deve acelerar no segundo semestre, segundo afirmou hoje o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda. Nos seis primeiros meses deste ano, os consumidores compraram uma quantidade 6,5% maior que no mesmo período de 2009. "Há tempos que não se vendia tanto nos supermercados. E o segundo semestre, tradicionalmente, é mais aquecido", afirmou.
O crescimento do setor foi puxado no período pelas categorias de bebidas alcoólicas (alta de 15%), bebidas não alcoólicas (10,9%), perecíveis (9%) e limpeza caseira (6,2%), de acordo com levantamento da Nielsen, realizado a pedido da Abras. Segundo Honda, o aumento do volume vendido nos supermercados foi impactado positivamente pela estabilidade nos preços dos produtos, aliado ao crescimento da renda e dos empregos.
Em junho, alguns dos principais produtos de maior representatividade na cesta dos consumidores tiveram retração nos preços ante maio, com destaque para batata (queda de 19,2%), tomate (baixa de 9,7%) e açúcar (recuo de 7,1%), segundo pesquisa encomendada pela Abras à GFK. Essa queda nos preços, destaca Honda, vem se refletindo em uma desaceleração do ritmo de crescimento do faturamento real das vendas nos supermercados, que entre abril, maio e junho ficou na faixa de 5,5% a 6%, ante os 8,6% do primeiro trimestre - ambos na comparação com o mesmo período de 2009.
Mesmo assim, o dirigente diz acreditar que o faturamento deve acelerar a partir agosto, impulsionado pelas eleições, juntamente com o aquecimento sazonal do fim do ano. "Mantemos nossa projeção de crescimento real das vendas nos supermercados de 8% a 9% para este ano", afirmou Honda.
O crescimento do volume das vendas nos supermercados foi maior no Espírito Santo, em Minas Gerais e no interior do Rio de Janeiro, com alta de 9,8% no primeiro semestre, ante o mesmo período de 2009. Em seguida apareceram o Nordeste (8,6%), o Sul (8,4%) e a Grande São Paulo (7,7%).
Bebidas
No semestre, o volume da venda de cervejas avançou 17,9%, puxando a categoria de bebidas alcoólicas. Entre as não alcoólicas, o destaque são os refrigerantes, com alta de 11,8%. Os produtos perecíveis com maior crescimento foram leite fermentado (22,5%), pizza congelada (15,1%) e queijo (14,8%).
A região Norte apresentou em junho a cesta básica mais cara do País, de R$ 321,35 (alta de 2,4% ante maio). Na sequência estão as regiões Sul (R$ 300,14), Sudeste (R$ 262,18), Centro-Oeste (R$ 253,48) e Nordeste (R$ 232,30).
Veículo: Agencia Estado