Por Wagner Hilário
O economista-chefe da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) Rubens Sardenberg também compareceu ao 1º Econserv, no painel Políticas de Financiamento do Comércio de Serviços. O executivo falou da crise financeira internacional e fez questão de frisar que a desaceleração na oferta de crédito precede a crise, sendo antes resultando das recentes altas na taxa básicas de juros. “Fecharemos este ano com alto crescimento em todas as linhas de crédito, mas desde agosto há uma desaceleração na oferta de créditos para pessoas físicas. Para pessoa jurídica, a desaceleração ainda não começou, mas em breve será percebida.”
Sardenberg apresentou números expressivos: a linha de crédito para pessoa jurídica acumulou 40,7% neste ano, somando R$ 422,6 bilhões, mais do que para pessoa física, que acumulou R$ 375 bilhões. Segundo o economista-chefe da Febraban, o Brasil é um dos países mais capitalizados do mundo e tem poucas operações de securitização – dívidas esticadas por renegociações. “O fato é que, apesar da crise e dos contratempos pelos quais inevitavelmente passaremos, o quadro é otimista. No curto prazo, passaremos por turbulências, mas no médio prazo emergiremos bem posicionados na economia internacional.”