Por Wagner Hilário
O superintendente de inclusão social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Júlio Ramundo também foi uma das atrações do 1º Econserv, no painel Políticas de Financiamento do Comércio de Serviços, e disse que em seus 20 anos de serviços à instituição jamais havia visto crescimento como o apresentado nos últimos anos. “O desembolso com financiamento do BNDES de 2004 para cá mais que dobrou. Era de R$ 40 bilhões e passou a R$ 80,8 bilhões.”
Apesar do cenário econômico nebuloso, a expectativa do banco é otimista, o que se pode medir não apenas pelo desembolso neste ano, mas também pelo valor de crédito aprovado: R$ 110,7 bilhões, o que significa dizer que há ainda R$ 30 bilhões para entrar no mercado.
De acordo com Ramundo, comércio e serviços crescem ano a ano a participação nas linhas de créditos do BNDES e ainda não representam tudo que podem representar, tendo em vista a participação desses setores no PIB nacional. “Atualmente, esses setores respondem por 10% dos financiamentos, mas em 2004 representavam 4%.” O setor produtivo que hoje mais demanda crédito do banco é o de infra-estrutura, que ultrapassou neste ano a indústria.
Ramundo falou ainda de alguns produtos da instituição e destacou o Cartão BNDES, uma alternativa viável para empresários de pequeno porte. “É um produto muito promissor. A taxa de risco de crédito vai de 0,48% e 3,57%, o financiamento pode ser feito entre três e 36 vezes com um limite rotativo de R$ 250 mil e tem um potencial de transações de R$ 1,5 bilhão.” Atualmente, o cartão movimenta R$ 750 milhões, sendo 53% de seus clientes microempresários e 36% pequenos empresários.